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Cientistas Criam Sistema de Inteligência Artificial (IA) para Ajudar na Orientação de Pessoas Cegas

Uma lufada de esperança tecnológica acaba de surgir nos laboratórios da Universidade Jiao Tong de Xangai, prometendo transformar a vida de milhões de pessoas cegas ou com deficiência visual em todo o mundo.

Cientistas desenvolveram um sistema vestível inovador que traduz o complexo mundo visual em sinais sensoriais intuitivos, abrindo novos caminhos para a autonomia e a mobilidade.

Os detalhes desta descoberta promissora foram recentemente publicados na prestigiada revista “Nature Machine Intelligence”, gerando ondas de entusiasmo na comunidade científica e entre as associações de apoio a invisuais.

Liderada pelo perspicaz investigador Leilei Gu, a equipa por detrás desta engenhoca engenhosa concebeu um sistema “multimodal centrado no utilizador”, que combina hardware inteligente com software de ponta para criar uma experiência de orientação sem precedentes.

A peça central do sistema são uns óculos discretos equipados com uma câmara que captura o ambiente circundante.

Através de um sofisticado algoritmo de Inteligência Artificial (IA), as imagens são processadas em tempo real para identificar rotas seguras e obstáculos iminentes.

A informação crucial é então comunicada ao utilizador através de dois canais sensoriais inovadores.

Em primeiro lugar, auscultadores de condução óssea transmitem sinais auditivos e comandos direcionais directamente através dos ossos do crânio.

Esta abordagem inteligente deixa os ouvidos livres para captar outros sons importantes do ambiente, como o trânsito ou a voz de um interlocutor, um aspecto fundamental para a segurança e a consciência situacional.

Em segundo lugar, o sistema integra “peles artificiais” vestíveis nos pulsos.

Estas interfaces tácteis enviam padrões de vibração distintos que guiam o utilizador na direção correcta e alertam para a presença de objectos laterais, funcionando como um “sexto sentido” que antecipa potenciais colisões.

A eficácia desta tecnologia revolucionária foi rigorosamente testada em diversos cenários, desde ambientes virtuais controlados até situações do mundo real.

Robôs humanoides e, crucialmente, participantes cegos e com baixa visão, foram colocados à prova em tarefas de mobilidade complexas, como navegar por labirintos repletos de obstáculos e alcançar objectos específicos.

Os resultados foram inequívocos: o sistema vestível demonstrou melhorias significativas na capacidade dos participantes de se moverem com segurança e confiança.

Os dados da investigação apontam para uma conclusão clara: a integração inteligente dos sentidos visuais (traduzido), auditivo e táctil tem um potencial enorme para optimizar a usabilidade e a funcionalidade dos sistemas de assistência visual.

Ao fornecer informações redundantes e complementares através de diferentes modalidades sensoriais, o sistema aumenta a compreensão do ambiente por parte do utilizador e reduz a dependência de um único sentido.

“Esta pesquisa abre caminho a sistemas de assistência visual simples de usar e oferece formas concretas de melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência visual”, sublinhou Leilei Gu, vislumbrando um futuro onde a tecnologia se torna uma ferramenta poderosa para a inclusão e a autonomia.

Para as comunidades de invisuais em Angola e em todo o mundo, esta inovação representa mais do que um avanço científico; é uma promessa de maior independência, segurança e participação plena na sociedade.

A capacidade de “sentir” o caminho e “ouvir” a direcção abre novas portas para a exploração do mundo e para a quebra de barreiras que antes pareciam intransponíveis.

A tecnologia vestível, outrora ficção científica, torna-se agora uma realidade tangível, iluminando o futuro para aqueles que não podem ver com os olhos, mas que agora podem sentir e ouvir o mundo à sua volta de uma forma totalmente nova.

Escrito Por
Redação Portal Zango
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