No dia 29 de Maio de 2025, um caso chocante abalou a África do Sul. Racquel Kelly Smith foi condenada a prisão perpétua por traficar a sua filha de seis anos, Joshlin Smith, desaparecida desde Fevereiro de 2024.
O tribunal considerou Smith culpada de vender a criança a um curandeiro tradicional, conhecido como sangoma, por 20 mil rands,aproximadamente mil e cem dólares e equivalente à pouco mais de um milhão de kwanzas, com a alegação de que a menina era desejada pelas suas características físicas, nomeadamente os olhos e a pele.
O namorado de Smith, Jacquen Appollis, e o amigo do casal, Steveno van Rhyn, também foram condenados a prisão perpétua pelo envolvimento no crime. Adicionalmente, cada um recebeu uma pena de dez anos por rapto, a cumprir simultaneamente com a sentença de prisão perpétua.
Durante o julgamento, testemunhas relataram que Smith planeava vender Joshlin e os seus outros dois filhos desde Agosto de 2023. Uma vizinha testemunhou que Smith admitiu ter vendido a filha a um sangoma, enquanto um pastor afirmou que Smith discutiu a venda dos seus filhos por 20 mil rands cada.
Apesar de inicialmente ter colaborado com as autoridades e apelado ao público para ajudar na busca por Joshlin, Smith acabou por ser identificada como a mentora do crime.
O juiz Nathan Erasmus, ao proferir a sentença, destacou a gravidade do crime e a falta de remorso por parte dos acusados. O julgamento decorreu num centro desportivo local, devido ao elevado interesse público, e a sentença foi recebida com aplausos pela comunidade presente.

Até ao momento, Joshlin continua desaparecida, apesar dos esforços intensivos das autoridades, incluindo buscas com drones, cães farejadores e a oferta de uma recompensa de um milhão de rands por informações que levem ao seu paradeiro.
Este caso destaca a crescente preocupação com o tráfico de seres humanos na África do Sul, onde mais de 17 mil casos de rapto foram reportados no último ano fiscal.