Redação Portal ZangoO Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para sexta-feira, 20 de Junho de 2025, uma nova reunião dedicada à crescente tensão militar entre Israel e o Irão.
A sessão, marcada para as 10 horas em Nova Iorque (15h00 em Luanda), foi solicitada por Teerão e conta com o apoio da Rússia, China e Paquistão, segundo fontes diplomáticas citadas pela agência AFP.
A presidência rotativa do Conselho, actualmente a cargo da Guiana, confirmou o agendamento da reunião, que surge na sequência de uma ofensiva israelita lançada a 13 de Junho contra alvos militares e nucleares iranianos.
Israel justificou a operação com base em informações de que o Irão estaria próximo de alcançar o “ponto de não retorno” no desenvolvimento de uma arma nuclear.
Em resposta, o Irão lançou mísseis e drones contra várias cidades israelitas, resultando em pelo menos 24 mortos, segundo autoridades locais. O Irão nega estar a desenvolver armas nucleares e classificou os ataques israelitas como uma violação grave da soberania nacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se profundamente alarmado com a escalada militar e apelou a todas as partes para evitarem a internacionalização do conflito.
“Qualquer intervenção militar adicional poderá ter consequências enormes, não só para os envolvidos, mas para toda a região e para a paz e segurança internacionais em geral”, afirmou Guterres numa declaração lida pelo seu porta-voz.Nos bastidores diplomáticos, os *Estados Unidos* ponderam possíveis formas de envolvimento no conflito.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, revelou que o Pentágono apresentou à Casa Branca várias opções de resposta, embora o Presidente Donald Trump ainda não tenha confirmado qualquer decisão.
A reunião de sexta-feira deverá contar com intervenções da subsecretária-geral da ONU para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, e do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que tem mantido contactos com ambas as partes para garantir a segurança das instalações nucleares e dos inspetores da agência.
A comunidade internacional acompanha com crescente preocupação a possibilidade de alastramento do conflito a outros países da região.
A ONU insiste na via diplomática como única solução viável para garantir a estabilidade no Médio Oriente e evitar uma crise de proporções globais.
