Segundo o relatório mais recente do Quacquarelli Symonds (QS) World University Rankings, Angola mantém-se ausente da lista das dez melhores instituições de ensino superior do continente Africano.
O ranking, amplamente reconhecido como um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior a nível global, avaliou mais de mil 500 instituições em todo o mundo, das quais apenas 36 são africanas e nenhuma de Angola foi destacada.

Os critérios de avaliação incluem a produção científica, reputação académica, empregabilidade dos graduados e parcerias com o sector industrial, agrupados em três categorias fundamentais nomeadamente investigação e descoberta, empregabilidade e resultados, e experiência de aprendizagem.
O panorama continental continua a ser dominado pela África do Sul, que coloca seis instituições no top dez, e pelo Egipto, com três representantes.
A liderança africana pertence à Universidade da Cidade do Cabo, posicionada no 150º lugar do ranking mundial, seguida pela Universidade de Witwatersrand (291º) e Universidade de Stellenbosch (302º), todas sul-africanas.
Por sua vez especialistas em educação destacam que a inclusão de Angola nestes rankings internacionais exige um investimento significativo em pesquisa científica, maior internacionalização das instituições e uma política consistente de modernização do ensino superior.
O Top dez das melhores Universidades de África:
1. Universidade da Cidade do Cabo (Cidade do Cabo, África doSul);
2. Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo, África do Sul);
3. Universidade de Stellenbosch (Stellenbosch, África do Sul);
4. Universidade de Joanesburgo (Joanesburgo, África do Sul);
5. Universidade do Cairo (Gizé, Egipto);
6. Universidade de Pretória (Pretória, África do Sul);
7. Universidade Americana no Cairo (Cairo, Egipto);
8. Universidade Ain Shams (Cairo, Egipto);
9. Universidade de Kwazulu-Natal (Pinetown, África do Sul);
10. Université de Tunis El Manar (Túnis, Tunísia);
Esta ausência angolana no ranking QS reflecte os persistentes desafios que o país enfrenta no desenvolvimento do seu sistema de ensino superior, particularmente no que diz respeito à produção científica de impacto internacional, à modernização das infra-estruturas académicas e ao estabelecimento de parcerias estratégicas com instituições estrangeiras.