O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira o julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro é acusado de liderar os ataques de 8 de Janeiro de 2023, também chamados de Intentona Bolsonarista que foram uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público nacapital do país, Brasília, cometidos por uma multidão de extremistas que invadiu os edifícios do governo federal do Brasil com o objectivo de instigar um golpe militar contra o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva para restabelecer Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.
As acusações incluem liderar uma organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado contra o patrimônio da União.

A denúncia foi apresentada em Fevereiro pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após a colheita de depoimentos e evidências. Além de Bolsonaro, outros sete aliados, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, também foram denunciados e se tornaram réus no processo.
A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia, é responsável pelo julgamento. A decisão de tornar os acusados réus foi unânime.
A PGR alega que Bolsonaro teve conhecimento e deu aval à chamada “minuta do golpe”, um decreto que previa medidas para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Além disso, há acusações de que Bolsonaro teria conhecimento de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que visava assassinar Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O julgamento está previsto para durar até 12 de Setembro, com sessões presenciais na sala da Primeira Turma do STF. Participam os cinco ministros da Turma, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados das partes.
Caso três dos cinco ministros votem pela condenação, os réus poderão ser sentenciados.

