A obra “Será este livro um romance?” do escritor angolano, João Melo, um dos nomes mais reconhecidos da literatura nacional contemporânea, está prestes a chegar ao público da China continental e de Macau numa edição conjunta das editoras Lijiang e Macanese.
Publicado originalmente em Portugal pela Editoria Caminho em 2022, o título integra agora a colecção «Série Países de Língua Portuguesa», que leva ao leitor chinês autores lusófonos representativos das suas literaturas nacionais. A edição conjunta está prevista para Outubro.
João Melo tem uma carreira prolífica que abrange poesia, contos, ensaios e romance, com obras já publicadas em vários países,entre os quais Portugal, Brasil, Cuba, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e agora com presença confirmada no mercado editorial chinês e em Macau.
A presença de «Será este livro um romance?» na China insere-se num movimento crescente de aproximação cultural entre editoras lusófonas e mercados asiáticos, que tem vindo a incluir antologias e colecções dedicadas a divulgar vozes da Lusofonia fora do espaço tradicional europeu e africano.
Para o autor, trata-se de uma oportunidade de ampliar leitores e fomentar o diálogo entre literaturas e realidades diferentes.
Autor premiado entre outras distinções, João Melo foi galardoado com o Prémio de Literatura de Angola/Camões em 2023, Melo tem vindo a receber atenção crítica e institucional que explica o interesse editorial no estrangeiro.
A sua obra é valorizada tanto por leitores como por instituições culturais que acompanham a literatura angolana contemporânea.
Fontes oficiais e portais culturais angolanos confirmam o calendário editorial e sublinham que a iniciativa fará parte de um conjunto de acções destinadas a promover a língua e a literatura portuguesa em mercados internacionais.
As editoras chinesas responsáveis pela tradução e edição conjunta apresentarão a obra no âmbito da colecção referida, garantindo a circulação em livrarias e canais associados em Macau e na China continental.
A edição chinesa deverá permitir também futuras traduções e inclinações por parte de universidades e centros de estudos sobre literatura africana em língua portuguesa, reforçando a presença de João Melo em circuitos académicos e culturais fora do mundo lusófono.

