Os operadores de justiça confirmaram o início da greve nacional a partir desta segunda-feira, 27, alegando ausência de diálogo por parte da entidade patronal para a resolução de questões relacionadas com a progressão nas carreiras e melhoria das condições laborais.
De acordo com uma nota de repúdio divulgada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), a resposta do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, que classificou a convocação da greve como ilegal e alegadamente marcada por “vícios” no processo, é vista como uma tentativa de intimidação e descredibilização da classe.
O SOJA lamenta aquilo que considera ser uma postura “pouco prudente” do órgão de tutela, afirmando que o ministério “perdeu a oportunidade de corrigir a sua conduta” e, ao contrário, “acabou por se colocar em desconformidade com a própria lei ao tentar invalidar um direito constitucional”.
O sindicato reforça que a greve “é legítima, legal e respeitou integralmente os procedimentos estatutários e administrativos exigidos”, apelando aos oficiais de justiça para que mantenham serenidade e unidade durante o período de paralisação.
Entretanto, no seu comunicado oficial, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos afirma “desconhecer qualquer conflito ou desalinhamento” com os trabalhadores, contrariando as alegações apresentadas pelo sindicato.

