O Presidente de Timor-Leste destacou na segunda-feira (08.07), na Assembleia Nacional, a “inspiração” do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, para a independência do país asiático, e considerou o país um exemplo para ultrapassar períodos sangrentos da história.
José Ramos-Horta, que falava de improviso e “de coração” durante sessão solene no parlamento angolano, no âmbito da sua visita de Estado a Angola manifestou-se honrado pela sessão plenária extraordinária em sua homenagem.
“É uma honra estar aqui nesta sala da democracia ao lado do busto do fundador de Angola, médico, poeta e escritor Agostinho Neto, perante ele, a memória de Agostinho e de tantos angolanos heróis que tombaram por este país, curvo com respeito e também com gratidão”, disse Ramos-Horta.
O Presidente timorense referiu que as relações entre Angola e o seu país datam desde o período da proclamação da independência do país africano, em 11 de novembro de 1975, ocasião, em que, recordou, estava em Angola uma pequena delegação de Timor-Leste.
Angola, juntamente com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), bem como Portugal e Brasil, estiveram sempre juntos de Timor-Leste ao longo dos 24 anos de luta pela independência, realçou.
José Ramos-Horta destacou, no seu discurso perante o plenário da Assembleia Nacional de Angola, os 22 anos de restauração da independência de Timor-Leste, após a desanexação da Indonésia, referindo que tal passo “não seria concretizado sem a solidariedade internacional”.
“Não teria acontecido sem o compromisso de países como Angola, Cabo Verde, Guine Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Brasil, não teríamos conseguido sem a inspiração de Agostinho Neto e de tantos outros líderes angolanos e também de outros países de língua portuguesa”, notou.