A ministra das Pescas e Recursos Marinhos disse hoje, em Luanda, que o Estado regista anualmente “imensas perdas”, mais de 200 mil milhões de kwanzas devido à pesca ilegal.
Cármen Neto falava à imprensa, no final da IV conferência da revista Economia & Mercado sobre Economia Azul, que serviu para a “Avaliação da Estratégia Nacional para o Mar, Dois Anos Depois”.
Segundo a ministra, o Estado perde mensalmente 20 mil milhões de kwanzas com a pesca ilegal, não regulada e não declarada, sem contar com o peixe que entra para o circuito “de maneira errada”.
No discurso de encerramento da conferência, Cármen Neto admitiu que ainda é insuficiente a produção de pesca para o consumo interno, apelando ao fomento da aquicultura para se ultrapassar esse desafio.
A titular da pasta das Pecas e Recursos Marinhos frisou que o Governo está a incrementar políticas públicas fortes, para permitir que os aquicultores tripliquem as suas produções, o que se verificou já em 2023.
“Pensamos conseguir este ano também, para que efetivamente possamos comer”, referiu a ministra, apontando igualmente a necessidade da mudança do “paladar” angolano, identificando, além do carapau, novos tipos de peixes para consumo e desta forma também diminuir “a pressão sobre os recursos”.