Redação Portal ZangoPor: Portal Zango
Durante a mais recente cimeira do BRICS em Kazan, Rússia, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping reuniram-se num encontro privado, gerando expectativas sobre um possível acordo entre as duas nações. Em meio a um cenário de tensões internacionais e redefinições geopolíticas, a aliança entre Rússia e China parece apontar para uma visão partilhada de uma nova ordem global, que desafia directamente a hegemonia ocidental.
O encontro entre Putin e Xi Jinping trouxe à tona o potencial de alinhamento estratégico entre Rússia e China no fortalecimento do BRICS, bloco que inclui também o Brasil, a Índia e a África do Sul. Este alinhamento visa criar alternativas económicas e diplomáticas que questionem o sistema global tradicionalmente dominado por países ocidentais.
Durante a cimeira, a Rússia demonstrou uma hospitalidade calorosa aos seus aliados, destacando-se como anfitriã. Esta demonstração de boas-vindas é interpretada como um movimento para reforçar a cooperação dentro do BRICS, fortalecendo os laços com os membros que partilham a visão de um mundo multipolar, onde as nações possam actuar sem a influência predominante dos Estados Unidos e dos seus aliados europeus.
Uma Nova Ordem Mundial?
O encontro entre Putin e Xi reforça a ambição de ambos os países de criar uma “nova ordem mundial”. Este conceito sugere um ambiente internacional onde o poder está mais distribuído e onde as políticas externas não são moldadas pelas potências ocidentais. Para muitos analistas, a parceria sino-russa pode representar uma tentativa de remodelar instituições e padrões económicos globais, promovendo um sistema financeiro menos dependente do dólar e abrindo espaço para acordos bilaterais e multilaterais que desafiem as sanções e barreiras impostas pelo Ocidente.
O encontro entre Rússia e China durante a cimeira do BRICS em Kazan evidencia o interesse mútuo em fortalecer as suas relações e desafiar a ordem geopolítica tradicional. Com o fortalecimento do BRICS e a cooperação sino-russa, o mundo pode estar a caminhar para uma nova era de multipolaridade, onde a influência global se distribui de forma mais equilibrada, representando uma alternativa às políticas dominantes até agora.
Imagem: Internet
