Redação Portal ZangoPor: Redação Portal Zango
O encontro convocado pelo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, com os quatro candidatos presidenciais às eleições gerais, realizado ontem em Maputo, decorreu sem a presença de Venâncio Mondlane. Foi prometida uma nova reunião, mas sem uma data definida.
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, reuniu-se com os candidatos Daniel Chapo, Ossufo Momade e Lutero Simango, enquanto Venâncio Mondlane, candidato do partido Podemos, não esteve presente. Mondlane está desaparecido desde o início de outubro, quando começou a convocar manifestações contra os resultados das eleições gerais de 9 de outubro.
O encontro foi breve e teve início por volta das 16:00 locais na Presidência da República, com a presença de Daniel Chapo (apoiado pela Frelimo, no poder), Ossufo Momade (apoiado pela Renamo) e Lutero Simango (apoiado pelo MDM). Após alguns minutos, foi anunciado que uma segunda reunião seria agendada, com a insistência de Ossufo Momade e Lutero Simango para que Venâncio Mondlane participasse.
“Se ele estivesse em Gorongosa, iríamos para lá, ou se soubéssemos que está em Palma, também iríamos. Mas onde ele está não se sabe, e faremos um esforço para garantir que ele esteja aqui. Pelo que me pareceu, ele aceitou o convite e não colocou questões de segurança”, disse Filipe Nyusi.
O Presidente prometeu uma nova reunião com os três candidatos que compareceram (Chapo, Momade e Simango) para discutir a atual crise política e social do país. “Ninguém quer violência no país, ninguém quer que haja desordem. A nossa mensagem será a de paz, e vamos ver se conseguimos redefinir o formato da reunião”, acrescentou Nyusi.
Venâncio Mondlane, por sua vez, enviou uma carta ao gabinete da presidência, indicando que aceitaria participar se os processos judiciais contra ele fossem suspensos. O candidato também solicitou a possibilidade de participar de forma virtual, por questões de segurança.
Por outro lado, o Conselho Constitucional informou que está a trabalhar na apuração da “verdade eleitoral” das eleições gerais de outubro, com a previsão de proclamar os resultados finais até 23 de dezembro. A presidente do órgão, Lúcia Ribeiro, afirmou que o prazo para a validação dos resultados é indefinido, mas destacou que a Constituição exige que a primeira
sessão da Assembleia da República ocorra até 20 dias após a proclamação dos resultados eleitorais, o que deve ocorrer antes de 12 de janeiro de 2025.
