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Protestos Em Moçambique: ONU Pede Calma Enquanto Manifestações Exigem Reposição Da Verdade Eleitoral

Por: Redação Portal Zango

Moçambique entrou ontem no primeiro de três dias de manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. O principal objetivo dos protestos é exigir a reposição da verdade eleitoral das eleições gerais de 9 de outubro, além de denunciar outros problemas que afetam a vida dos cidadãos.

Na Avenida Eduardo Mondlane, em Maputo, a polícia disparou contra os manifestantes, que se esconderam para se proteger. Alguns foram atropelados, enquanto outros ficaram feridos pelos disparos, mas mantiveram-se firmes na luta por aquilo que consideram ser um direito do povo. “É do povo, é do povo, infelizmente está-se a ignorar a escolha popular nas urnas”, afirmou um manifestante.

Os protestos, que têm afetado o comércio, transportes e instituições públicas e privadas, são um reflexo da frustração dos cidadãos com os resultados eleitorais e a busca pela verdade. Os manifestantes, que preferem permanecer anónimos, estão convencidos de que Venâncio Mondlane foi o verdadeiro vencedor das eleições. “Venâncio Mondlane está claro, Venâncio Mondlane”, declarou um deles.

A ONU em Moçambique expressou profunda preocupação com os relatos de mortes e ferimentos, incluindo a pessoa atropelada durante os protestos. Catherine Sozi, representante da ONU, pediu às autoridades moçambicanas que investiguem os incidentes e responsabilizem os culpados. A chefe da ONU em Moçambique reforçou o apelo do secretário-geral António Guterres para que haja calma e contenção nas ações das forças de segurança, com o objetivo de garantir uma resolução pacífica dos desafios do país.

Em Genebra, Volker Turk, alto comissário para os Direitos Humanos da ONU, manifestou a consternação da organização com o atropelamento de uma manifestante por um veículo policial em Maputo. Ele reiterou a necessidade de reduzir a escalada da violência e apelou à polícia para que evite o uso de força desproporcional.

De acordo com dados da plataforma eleitoral Decide, desde o início das manifestações, cerca de 67 pessoas morreram e 210 ficaram feridas, com números alarmantes de vítimas fatais e feridos por balas no último mês.

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Redação Portal Zango
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