A taxa de mortalidade por cólera em Angola reduziu de nove para quatro por cento desde o surgimento da doença, em Janeiro deste ano, até à presente data.
A informação foi avançada neste sábado, 22 de Fevereiro, em Caxito, província do Bengo, pela directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, durante a sexta reunião da Comissão Técnica Multissetorial de Luta contra a Cólera.
A responsável avançou que a diminuição resulta dos esforços do Ministério da Saúde (MINSA) e seus parceiros, que têm implementado diversas medidas de combate à doença.
Entre as acções destacam-se a criação de Centros de Tratamento da Cólera (CTC), campanhas de vacinação, distribuição de material de higiene e água potável, além da formação de agentes comunitários para sensibilização da população.
A taxa de mortalidade, também chamada de coeficiente de letalidade, refere-se à proporção entre o número de mortes e o total de casos da doença em um determinado período, sendo expressa em percentagem.
Ocorreram desde o início do surto 163 óbitos, sendo a província do Bengo a que registou mais mortes (71) seguindo-se Luanda (67) e Icolo e Bengo (19).
O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde indica que foram notificados quatro mil e 582 casos, com o grupo etário mais afectado a ser dos dois aos cinco anos, com 706 casos e 25 óbitos, seguido do grupo etário dos dez aos 14 anos, com 577 casos e nove óbitos. A província de Luanda continua a liderar com mais casos, dois mil e 207, seguida do Bengo, com mil e 750, e Icolo e Bengo, com 550.
O número mais elevado de mortes está na província do Bengo, 71, enquanto Luanda regista 67 e Icolo e Bengo, 19.
Quanto à vacinação, do total de 925 mil 573 pessoas imunizadas, 626 mil 573 estão na capital.
O surto de cólera começou, segundo as autoridades, a 7 de Janeiro desde ano.