Uma caravana de 25 elementos de várias instituições culturais angolanas, composta por músicos, bailarinos, artistas plásticos, escritores, investigadores culturais e gastrónomos, tem viagem marcada para o Brasil entre os dias 28 e 29 do mês em curso, para testemunhar a homenagem da Escola de Samba “Tom Maior” no Carnaval de São Paulo, inserida nas celebrações dos 50 anos da Independência de Angola.
A dikanza, a marimba, o kissanje e outros instrumentos de percussão do folclore angolano vão estar em destaque durante a participação da delegação angolana como convidados especiais da Escola de Samba “Tom Maior”, fazendo parte de uma das alas da agremiação durante o desfile de Carnaval, que acontece entre os dias 1 e 5 de Março.
Os representantes das instituições culturais angolanas Globo Dikulu, União dos Artistas e Compositores – Sociedade de Autores (UNAC – SA) e a Associação Angolana de Dança (AADança) destacam o impacto positivo do convite para o reforço da cooperação com as instituições socioculturais brasileiras.
A presidente da Associação Globo Dikulu, Glória da Silva, explicou que o convite surge no âmbito dos acordos existentes com instituições brasileiras,visando celebrar os laços de amizade entre os dois povos.
Sublinhou que a Escola de Samba Tom Maior vai homenagear o país na edição do Carnaval de 2025 com o enredo “Angola se abre para o mundo em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade”.
O objectivo da cooperação, segundo Glória da Silva, que falava para o Jornal de Angola, é a troca de experiências no domínio da Gestão Cultural e Económica Criativa entre grupos carnavalescos de Angola e do Brasil, percussionistas, músicos, bailarinos, artistas plásticos, escritores, investigadores culturais e gastrónomos, que vão mostrar naquele grande palco a diversidade cultural do país.
Glória da Silva anunciou que a delegação angolana vai aproveitar a estadia e a participação no Carnaval de São Paulo para promover a imagem de Angola na diáspora, prometendo levar aos brasileiros e ao mundo um reportório da música folclórica e popular urbana.
Eliseu Major disse que um dos objectivos é procurar explorar e dar a conhecer ao máximo os ritmos angolanos de raiz, como a kazukuta, dizanda, katutula, tchianda, semba, massemba e respectivos estilos de dança.
O evento, garantiu, servirá, também, para a exposição de instrumentos como a dikanza e a marimba. “Faremos, também, oficinas sobre as técnicas de tocar os instrumentos de música do folclore angolano”, realçou.
A TAAG garantiu a redução dos preços dos bilhetes até 50 por cento, para facilitar que mais artistas possam fazer parte da delegação que vai representar o país no Carnaval de São Paulo na próxima semana.