O Japão enfrenta seu maior incêndio florestal em 30 anos, com mais de dois mil hectares queimados ao redor da cidade de Ofunato, na província de Iwate, no norte do país.
Pelo menos uma pessoa morreu e cerca de quatro mil e 600 pessoas seguem sobre evacuação, segundo informações da Agência de Gestão de Incêndio e Desastres (FDMA).
As chamas se espalharam rapidamente e já devastaram uma área recorde, informou a imprensa local.
Autoridades japonesas comparam o evento climático com um incêndio que aconteceu há 33 anos e destruiu mil e 30 hectares em Kushiro, na ilha de Hokkaido.
Mais de dois mil bombeiros de 14 prefeituras, incluindo Tóquio, foram mobilizados nesta segunda-feira 3 de Março, com o apoio de 16 helicópteros que despejam água sobre as áreas atingidas. Por sua vez o primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, afirmou que o governo tomará “todas as medidas possíveis” para proteger as residências e a população.
Por enquanto, cerca de duas mil pessoas buscaram abrigo com amigos e familiares, enquanto outras mil e 200 foram realocadas para abrigos do governo.
Porém, estima-se que mais de 80 edificações tenham sido danificadas mas a FDMA continua a avaliar os estragos.
Importa lembrar que Japão registrou em 2024 seu ano mais quente desde o início dos registros, refletindo um padrão global de temperaturas recordes causadas pelo aquecimento global.
Um dos principais motivos para o agravamento do fenômeno é a seca severa entre Janeiro e Março, período de maior estiagem na região.
O início de 2025 foi igualmente marcado pelo pior incêndio da história dos Estados Unidos em Los Angeles, controlado apenas um mês depois. O fogo destruiu 150 quilómetros quadrados e atingiu mais de mil residências levando assim a destruição e prejuízos estimados em 50 bilhões de dólares.