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Delegações da RDC e M23 Vão Reunir em Luanda para Negociar Paz Definitiva

Delegações da República Democrática do Congo (RDC) e do Movimento 23 de Março poderão realizar negociações directas, nos próximos dias, em Luanda, com objectivo de negociar a paz definitiva naquele país vizinho.

O anúncio surge na sequência do encontro desta terça-feira, (11), entre os presidentes João Lourenço e Félix Antoine Tshisekedi, da República Democrática do Congo, na Cidade Alta, três semanas após o último encontro entre os dois estadistas na capital angolana.

O grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) tem avançado no território congolês desde Janeiro último, altura em que tomou a capital da província do Kivu do Norte, Goma

Os rebeldes controlam agora as capitais destas duas províncias, que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

Desde segunda-feira (10), os rebeldes ocupam um novo território, o distrito de Kaziba, que dista quase 45 quilómetros de Bukavu.

Estima-se que mais de oito mil 500 pessoas perderam a vida devido à violência contínua desde Janeiro, e aproximadamente 600 mil pessoas foram deslocadas desde Novembro de 2024.

O M23, que, de acordo com especialistas da ONU, é apoiado por cerca de quatro mil soldados ruandeses, retomou a sua luta contra o governo de Kinshasa em 2021 e, desde então, conquistou vastas áreas de território no Kivu do Norte, que faz fronteira com o Ruanda.

O Presidente angolano tem actuado como mediador no conflito na República Democrática do Congo, tendo sido designado pela União Africana como facilitador para promover a paz e a segurança na região e reduzir as tensões entre a RD Congo e o Ruanda.

Sob sua iniciativa, o processo de Luanda tem sido uma plataforma diplomática para uma resolução pacífica do conflito, tendo sido realizadas reuniões envolvendo os dois países e obtido um cessar-fogo de curta duração.

No entanto, apesar dos esforços diplomáticos, a violação do cessar-fogo e a captura de territórios estratégicos pelo M23 tem levado a uma escalada do conflito armado. Angola assumiu em Fevereiro a presidência rotativa da União Africana, mantendo-se João Lourenço como mediador neste conflito.

Escrito Por
Redação Portal Zango
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