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Por Que as Mulheres Têm Mais Dificuldade para Dormir Bem?

Você já sentiu que dormiu a noite toda, mas ainda assim acordou cansada? Para muitas mulheres, essa é uma realidade constante. Estudos apontam que elas dormem – ou precisariam dormir – um pouco mais do que os homens, mas o facto é que a qualidade do sono feminino é consideravelmente pior.

As diferenças entre o sono de homens e mulheres já começa na puberdade. As meninas relatam que dormem menos e enfrentam mais distúrbios do sono do que os meninos, o que pode estar ligado ao facto de que o amadurecimento hormonal acontece mais cedo para elas, enquanto, para os meninos, a mudança no sono ocorre de forma mais gradual.

A necessidade humana de sono é diferente ao longo das fases da vida. Bebês precisam de 12 a 15 horas de sono, crianças, de 10 a 13 horas, adolescentes, de 8 a 10 horas, e adultos, de 7 a 9 horas.

Hormônios afectam o sono

Veja como as oscilações hormonais ao longo do ciclo menstrual afectam a maneira de dormir das mulheres:

Durante a menstruação, os níveis de progesterona e estrogênio estão baixos, o que torna mais difícil adormecer; Os níveis de ambos os hormônios aumentam à medida que o corpo se prepara para liberar um óvulo na fase folicular.

Algumas mulheres sentem mais sono durante essa fase;
Esses hormônios atingem o pico quando o óvulo é liberado e o corpo se prepara para uma possível gravidez.

O sono pode ser mais fácil durante essa fase lútea; No final do ciclo, os hormônios caem rapidamente, o que pode, para muitas, causar sintomas da TPM, que podem atrapalhar o sono.

De acordo com uma pesquisa do Centro Americano de Estatísticas de Saúde, 56 por cento das mulheres na perimenopausa — fase de transição para a menopausa — dormem menos de sete horas por noite, um índice maior do que o registrado entre mulheres na pós-menopausa (40,5%) e na pré-menopausa (32,5%).

Além disso, mulheres na pós-menopausa relataram com mais frequência não se sentirem bem descansadas. Após a menopausa, distúrbios como apneia do sono e síndrome das pernas inquietas tornam-se mais comuns.

Homens e mulheres têm padrões diferentes

Todos passamos por diferentes estágios do sono, chamados ciclos. Isso inclui o sono sem o movimento rápido dos olhos e actividade cerebral menos intensa, conhecido como não-REM (Rapid Eye Movement, em inglês), que é mais profundo, e a fase REM, em que os sonhos são mais intensos.

“As mulheres adormecem mais rápido e passam mais tempo nas fases profundas do sono, que são muito restauradoras”, diz Carol Ash, directora de hospital e especialista em sono. “Os homens passam mais tempo no sono REM, e os sonhos nos ajudam a consolidar memória e aprendizado.”

Outras diferenças incluem o facto de que as mulheres tendem a liberar melatonina mais cedo e são mais sensíveis a ruídos noturnos, tornando o sono mais facilmente interrompido.

Além disso, há vários desafios que as mulheres enfrentam que reduzem a qualidade do sono, devido às mudanças hormonais relacionadas ao ciclo menstrual, cólicas, gravidez e menopausa.

“As mulheres pagam um preço mais alto pela falta de sono do que os homens“, afirma a especialista Carol Ash. “Somos duas vezes mais propensas a ter pressão alta. Mulheres com menos de 50 anos apresentam uma taxa mais alta de estresse e transtornos de humor.”

Efeitos da falta de sono na saúde

A maioria das pessoas já enfrentou dificuldades de concentração depois de noites mal dormidas. A privação do sono pode causar oscilações de humor, além de prejudicar a criatividade e a tomada de decisões. A sonolência também aumenta o risco de quedas, fraturas e acidentes de carro.

O sono ainda afecta hormônios que regulam a fome. A leptina sinaliza saciedade, indicando que você já comeu o suficiente.

A grelina, um hormônio estimulante do apetite, aumenta quando você está privado de sono, enquanto a leptina diminui. Essas alterações hormonais podem levar ao aumento do consumo de alimentos à noite, favorecendo o ganho de peso e a obesidade.

A privação de sono também está ligada à resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes tipo 2.

Esse ciclo vicioso se agrava com o ganho de peso e o avanço da idade, elevando as chances de desenvolver apneia do sono e artrite — condições que, por sua vez, dificultam ainda mais uma boa noite de descanso. 

“Não dormir o suficiente leva a todas as doenças crônicas que tentamos prevenir e tratar, como AVCs, ataques cardíacos, hipertensão e outros eventos cardiovasculares”.

FONTE: forbes.com.br

Escrito Por
Redação Portal Zango
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