Por Redação Portal Zango
No mundo contemporâneo, todos procuram alcançar o corpo perfeito. Alguns preferem corpos mais magros, enquanto outros preferem corpos mais cheios, mais robustos. No entanto, nem sempre as escolhas pessoais agradam a todos.
Muitas figuras públicas optam por corpos mais finos, esbeltos e considerados mais atraentes, o que acaba por chamar a atenção. Contudo, esta busca por um corpo idealizado frequentemente gera críticas e julgamentos de terceiros.
É fundamental lembrar que cada pessoa tem o direito de buscar o que considera ser o melhor para si, especialmente no que diz respeito à saúde e ao bem-estar. A forma física de uma pessoa não deve ser motivo para preconceito ou julgamento, muito menos para imposições externas sobre como deve ser o corpo de alguém.
Exemplos de figuras públicas que enfrentaram críticas pela aparência física não faltam. As cantoras Ary e Alice Junior, são dois casos que refletem essa realidade.

Cantora Ary – Imagem de 2025 (a esquerda) / Imagem de 2023 (a direita)
A transformação de Ary, por exemplo, chamou a atenção devido à sua mudança recente física. Após perder peso, Ary, que sempre foi vista como uma referência de empoderamento, foi alvo de uma série de críticas e reações negativas de alguns dos seus fãs.
Ary, aos 38 anos, surpreendeu ao adotar um estilo de vida mais saudável, resultando numa significativa transformação física. Esta mudança, embora positiva para a cantora, gerou uma onda de curiosidade e questionamentos nas redes sociais. Muitos questionaram a sua saúde, preocupados com as razões que a teriam levado a mudar tão radicalmente. Outros expressaram descontentamento, mostrando uma forte reação nas redes sociais, questionando a necessidade dessa transformação.
O conceito de Corpo Livre surge precisamente como uma resposta a estas pressões sociais. Trata-se de um movimento que visa libertar as mulheres dos padrões de beleza impostos pela sociedade, permitindo que cada mulher tenha o direito de definir sua própria imagem sem a pressão de se encaixar em modelos estéticos específicos.

Cantora Alice Júlio – Imagem de 2018 (a esquerda) / Imagem de 2024 (a direita)
Outro exemplo é o caso de Alice Junior, esposa do cantor Anderson Mário, que também foi alvo de críticas sobre o seu corpo, principalmente após o parto.
Alguns internautas chegaram a afirmar que ela parecia ser “tia” do marido. O que muitas dessas pessoas ignoram é que, após a gravidez, o corpo da mulher passa por um processo natural de transformação, conhecido como o puerpério. Este processo pode durar entre 45 a 60 dias e envolve várias mudanças físicas, incluindo o inchaço nas extremidades (pés e mãos), que pode ser particularmente notório na primeira semana após o parto.
Alice Junior foi alvo de uma pressão enorme para voltar rapidamente ao seu corpo “normal”, algo que, na verdade, depende de fatores biológicos e genéticos, e não de vontades pessoais. A cobrança social, com olhares e comentários preconceituosos, foi grande e gerou inúmeras controvérsias.
O movimento Corpo Livre busca dar voz e visibilidade à liberdade das mulheres em relação aos padrões de beleza impostos pela sociedade, pela família ou até mesmo por elas mesmas. Este conceito, cada vez mais presente na sociedade, é uma celebração da diversidade e da aceitação do corpo em todas as suas formas.
Em contexto ao mês Março, mês de celebração ao empoderamento e emancipação da Mulher, é importante refletirmos sobre como ainda hoje as mulheres enfrentam críticas em relação à sua aparência física. A busca pela aceitação, seja nas redes sociais ou na vida real, pode gerar sentimentos de insegurança e desvalorização.
O movimento Corpo Livre nos convida a repensar a forma como avaliamos o corpo das mulheres e a respeitar as escolhas de cada uma. Afinal, a verdadeira liberdade está em viver sem a pressão de corresponder a padrões impostos, celebrando a individualidade e o bem-estar de cada pessoa, independentemente de como se apresenta ao mundo.
Além de flores, e mensagens de homenagens, é também um momento para refletirmos sobre a importância de apoio, sem julgamentos, e de abraçar a diversidade de corpos, estilos de vida e escolhas. O corpo é livre, e todas as mulheres merecem ser livres para viverem da forma que escolherem, sem críticas ou pressões externas.