O presidente Donald Trump desencadeou uma onda de controvérsia ao assinar uma ordem executiva abrangente que procura reformular o sistema eleitoral dos Estados Unidos.
A medida central da reforma é a exigência de prova documental de cidadania para o registo de eleitores em eleições federais, uma decisão que promete gerar intensos debates e desafios legais.
A ordem executiva, assinada na terça-feira (25), justifica a necessidade da reforma alegando que os Estados Unidos “falharam em fazer cumprir as proteções eleitorais básicas e necessárias”.
Além da exigência de prova de cidadania, a medida estabelece outras regras rigorosas, incluindo a obrigatoriedade de que todos os boletins de voto sejam recebidos até ao dia da eleição.
A reforma também exige que os estados colaborem com agências federais para partilhar listas de eleitores e intensificar o combate a crimes eleitorais.
A ordem executiva impõe uma ameaça significativa: a retirada de financiamento federal para estados que não cumprirem as novas diretrizes.
A ação de Trump é vista como uma continuação do seu histórico de questionamento da integridade do processo eleitoral americano. O presidente tem repetidamente alegado, sem apresentar evidências substanciais, que as eleições são suscetíveis a fraudes.
Tem sido um crítico ferrenho do voto por correspondência, argumentando que é vulnerável a manipulações, apesar da sua popularidade entre os eleitores, inclusive os republicanos.

Organizações de direitos de voto já se manifestaram contra a reforma, argumentando que as novas exigências podem criar obstáculos para o acesso de eleitores, especialmente aqueles de comunidades minoritárias.
A expectativa é que a ordem executiva seja alvo de contestações legais nos próximos meses.
Apesar das críticas, Trump defende a reforma, argumentando que ela é essencial para garantir a integridade das eleições nos Estados Unidos. Prometeu anunciar novas medidas relacionadas com as eleições nas próximas semanas.
O impacto da ordem executiva no cenário político americano é incerto.
A medida promete gerar debates acalorados e batalhas legais, com o potencial de remodelar o processo eleitoral do país.