Mashudu Tshifularo, médico cirurgião realizou o primeiro procedimento no mundo a usar ossos impressos em 3D para implantes reconstrutivos de ouvido, fornecendo uma cura para alguns tipos de surdez.
O processo cirúrgico pioneiro no mundo permitiu que um homem de 35 anos voltasse a ouvir após perder a audição em um acidente quase fatal.
A solução encontrada pela equipe do médico sul-africano Mashudu Tshifularo foi o transplante de ouvido.
Para a realização do procedimento foram recriados a bigorna, o martelo, o estribo e os ossículos, que compõem a parte interna.

Ao substituir apenas os ossículos que não estão a funcionar adequadamente, o procedimento acarreta riscos significativamente menores do que as próteses conhecidas e seus procedimentos cirúrgicos
“Nós usamos titânio para este procedimento, que é biocompatível”, explicou Tshifularo.
Após o resultado bem-sucedido, a cirurgia vem sendo apontada como uma solução de longo prazo para a perda auditiva condutiva, um problema no ouvido médio causado por defeitos congênitos, infecção, trauma ou doenças metabólicas.

Além disso, a cirurgia pode ser realizada em pessoas de qualquer idade, incluindo recém-nascidos.
Thifularo, professor , passou os últimos dez anos estudando a perda auditiva condutiva e, nos últimos dois anos, começou a investigar o uso da tecnologia de impressão 3D. “A tecnologia 3D nos permite fazer coisas que nunca pensamos que poderíamos fazer, mas eu preciso de patrocinadores e financiamento para fazer esta invenção decolar”, diz.
Segundo o Instituto Sul-Africano de Audição, a audição declina naturalmente a partir dos 30 ou 40 anos. A perda auditiva pode ser atribuída a muitos factores: envelhecimento, doenças, infecções e traumas.
Isto constituiu um marco para a medicina, elevando o nome da África a nível global.