O príncipe Harry, filho do rei Carlos III e da falecida princesa Diana, e duque de Sussex, está a ser acusado de “assédio e intimidação” por Sophie Chandauka, presidente da Sentebale, a ONG que ele cofundou em 2006 para ajudar crianças afectadas pelo HIV em África.
As acusações surgem num momento delicado, logo após o duque de Sussex ter anunciado a sua saída da organização, num contexto de conflito interno.
A Sentebale, que significa “esquece-me-não” em Sesotho, uma das línguas oficiais do Lesoto, é uma organização não governamental (ONG) fundada em 2006 pelo príncipe Harry e pelo príncipe Seeiso do Lesoto. A sua missão é apoiar crianças e jovens vulneráveis no Lesoto e Botswana, que foram duramente afectados pela epidemia de HIV/AIDS.
A ONG concentra os seus esforços em fornecer apoio psicossocial, educação e cuidados de saúde para crianças e adolescentes que vivem com HIV, além de apoiar aqueles que perderam os seus pais devido à doença.
A Sentebale também trabalha para combater o estigma associado ao HIV/AIDS e promover a consciencialização sobre a doença nas comunidades em que actua.

Em entrevista, Chandauka alega que Harry liderou uma campanha para a remover do cargo, com “meses de intimidação e assédio”, e afirma ter provas para sustentar as suas acusações.
A presidente da ONG também critica uma suposta “cultura de silêncio” na organização, onde os membros do conselho evitariam confrontar Harry ou discutir temas controversos.
A Sentebale era uma das poucas iniciativas sociais que Harry manteve após o seu afastamento da família real britânica em 2020. A ONG, criada em parceria com o príncipe Seeiso do Lesoto, angariou milhões de libras para projectos educacionais e de saúde na África Austral.
Sophie Chandauka disse que o príncipe Harry “fez de tudo para me expulsar. Durou meses, na forma de intimidação e assédio. Tenho provas”. Em resposta, Kelello Lerotholi, ex-membro do conselho da Sentebale, rejeitou as acusações de Chandauka.
As acusações de Chandauka geraram grande repercussão nos media e nas redes sociais.

Muitos expressaram choque e decepção com as alegações, enquanto outros defenderam o príncipe Harry. O caso levanta questões sobre o ambiente de trabalho em ONGs e a importância do respeito e da igualdade no local de trabalho.
Até ao momento, o príncipe Harry não se pronunciou sobre as acusações.