Analistas têm manifestado preocupação com a crescente aproximação entre países da África Austral e a China, especialmente após os Estados Unidos suspenderem parte da sua ajuda ao desenvolvimento e apoio humanitário à região.
Segundo David Omojomolo, da Capital Economics, embora o impacto directo das sanções norte-americanas possa ser limitado, essa instabilidade pode levar países como a África do Sul a fortalecerem laços com Pequim, cuja cooperação é vista como mais previsível e menos sujeita a pressões políticas externas.

A China tem expandido sua presença no continente africano por meio da Iniciativa da Faixa e Rota, com investimentos maciços em infra-estruturas, construção de edifícios governamentais e até formação de lideranças políticas africanas.
Um exemplo disso é a Escola de Liderança Julius Nyerere, na Tanzânia, que oferece seminários ministrados por membros do Partido Comunista Chinês para líderes de partidos africanos.
Apesar das oportunidades econômicas, especialistas alertam que a dependência crescente da China pode comprometer a soberania e autonomia dos países africanos.
Por isso, recomendam uma abordagem estratégica e equilibrada, com diversificação de parcerias internacionais para garantir um desenvolvimento sustentável e independente.