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Paris Acolhe Quarta Edição das Jornadas de Cinema Africano com a Costa do Marfim

A Costa do Marfim foi o centro das atenções no African Cinema Days 2025, com mais de 600 participantes celebrando o cinema africano em Paris com exibições, debates e shows.

O evento começou no Club de l’Étoile com a exibição do filme cult de Henri Duparc, Bal Poussière (1989), em sua versão restaurada.

A abertura foi emocionante para os fãs de cinema e espectadores, que ficaram encantados em redescobrir esta popular comédia marfinense que deixou sua marca na história do cinema de língua francesa.

Ao longo dos três dias, o público foi presenteado com exibições de filmes emblemáticos como La Femme au Couteau (1969), de Timité Bassori, e Wariko, le gros lot (1994), de Fadika Kramo-Lanciné.

Essas obras são extraídas do vasto catálogo da Cinémathèque Afrique, com mais de mil 800 filmes produzidos no continente africano entre a década de 1950 e os dias actuais.

A programação de domingo no La Machine du Moulin Rouge foi focada nos mais jovens, com os filmes de animação Akissi e Aya de Yopougon.

Com a casa cheia, as crianças riram, comentaram e reconheceram personagens próximos ao seu quotidiano ou às suas raízes.

“Vim com a minha filha para lhe transmitir a nossa cultura”, confidenciou Fatou, uma mãe. “Crescer na França não deve afastá-la de quem somos.”

Ao lado dela, Yasmine, de 7 anos, recordou “Akissi qui trouve Bougou son singe” com um grande sorriso.

Além das exibições, os dias de Cinema Africano também proporcionaram uma oportunidade de pensar sobre o futuro.

Um painel intitulado “Costa do Marfim, um novo destino para o cinema africano?” reuniu profissionais do sector, incluindo o actor e director Olivier Kissita: “Há um verdadeiro dinamismo. Cada vez mais instituições estão se interessando. E pontes estão sendo construídas, especialmente com as indústrias de língua inglesa.”

Por sua vez Aïssa Diaby, porta-voz da Cinemateca África, relembrou os desafios da conservação e da transmissão: “Nosso objectivo é permitir que a diáspora se reaproprie desses filmes e compreenda sua dimensão histórica”.

O festival terminou em clima de festa com um DJ set, uma apresentação do comediante Sacko Camara e um aguardado show da cantora Meiway, figura-chave da música marfinense e criadora do Zoblazo.

Diante de um público lotado e dançante, ela fez um show generoso, e encerrou esta edição de forma brilhante.

Escrito Por
Redação Portal Zango
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