A Bienal de São Paulo atravessa o oceano, pela primeira vez e chega ao continente africano com a poderosa exposição “Coreografias do Impossível”.
A cidade de Luanda recebeu obras impactantes de artistas de diferentes partes do mundo em uma celebração intensa de arte, memória e identidade.
Fruto de uma colaboração entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Instituto Guimarães Rosa, a mostra propõe um mergulho em questões urgentes do tempo actual e faz isso com beleza, sensibilidade e provocação.
Os curadores Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel conduzem o público por um percurso que desafia os sentidos e estimula o pensamento.
Entre os destaques, está o artista angolano Januário Jano, com uma série fotográfica que resgata e ressignifica memórias de Angola pós-colonial.
Já o português Carlos Bunga apresenta uma instalação site-specific que convida os visitantes a explorar a fragilidade das estruturas — físicas e simbólicas .
Mais do que uma simples exposição, ‘Coreografias do Impossível’ propõe um espaço de escuta, confronto e reinvenção.
Reunindo obras de nove artistas de países como Angola, África do Sul, Brasil, França, Marrocos, Vietname, Zimbábue e Portugal, a mostra convida o público a reflectir sobre os corpos que resistem, os territórios que se reinventam e as estruturas que insistem em se transformar.
A exposição é mais que uma mostra de arte: é um diálogo entre continentes, uma coreografia de vozes, histórias e corpos que resistem, se reinventam e dançam no limite do possível.
Um marco na história da Bienal e uma reverência ao profundo elo cultural entre Brasil e Angola.