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Filme “Razões Africanas” Estreia em Luanda

Recentemente o Instituto Guimarães Rosa (antigo Centro Cultural Brasil-Angola), em Luanda, foi palco da aguardada estreia do documentário “Razões Africanas”, dirigido pelo cineasta brasileiro Jefferson Mello.

A sessão, que reuniu artistas, intelectuais, representantes diplomáticos e amantes da cultura afro-diaspórica, marcou o início de uma jornada cinematográfica que atravessa continentes para resgatar as raízes africanas da música popular mundial.

O documentário percorre seis países Angola, República Democrática do Congo, Cuba, Estados Unidos, Brasil e Mali — e revela, por meio de três personagens, as origens comuns de ritmos como o blues, a rumba e o jongo.

A obra é um tributo à força da ancestralidade africana, que se manifesta de forma vibrante na música, na dança e na oralidade.

A abertura da narrativa se dá em solo angolano, na província do Huambo, onde o grupo cultural feminino Katyavala dá o tom inicial com suas expressões tradicionais do Bailundo.

Essa escolha simbólica reafirma a centralidade de Angola no mapa da cultura negra e na formação de identidades que se espalharam pelo mundo com a diáspora.

“Trazer essa história de volta para casa, para o continente africano, tem um peso emocional e simbólico muito forte”, afirmou Jefferson Mello durante a estreia. “Luanda foi escolhida como ponto de partida por sua importância histórica e cultural, e porque há um diálogo muito vivo entre Brasil e Angola que merece ser fortalecido.

“Após a exibição, o documentário percorreu diversas cidades brasileiras durante a Semana da Consciência Negra em Novembro de 2024, ganhando destaque por sua abordagem sensível e politicamente relevante.

A crítica especializada reconheceu a produção como um dos documentários mais importantes do ano no campo das relações étnico-raciais e culturais.

Em 2025, Razões Africanas segue seu percurso por festivais internacionais e deverá integrar o circuito educativo de diversas instituições, incluindo escolas e universidades de países lusófonos.

A recepção calorosa em Luanda impulsionou debates sobre memória, identidade e reconexão com a ancestralidade.

Mais do que um filme, “Razões Africanas” é uma ponte entre mundos separados pelo Atlântico, mas unidos por um tambor que nunca deixou de bater.

Escrito Por
Redação Portal Zango
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