O Executivo estuda mecanismos para garantir o poder de compra dos trabalhadores angolanos, com a implementação de um programa de benefícios não pecuniários, para dar maior possibilidade de adquirir bens e serviços, através de políticas de compras a prestações, incluindo o acesso à saúde.
A medida foi avançada, ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, durante uma entrevista concedida ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador, que se assinala hoje.
Pedro Filipe esclareceu que a nova medida está a ser estudada pelo Roteiro para Implementação da Nova Arquitectura Remuneratória da Administração Pública (RINAR) e vai implicar a introdução de novos mecanismos e certamente representar uma evolução no sector.

O governante esclareceu que o poder de compra dos trabalhadores não depende apenas do aumento dos salários, por esta razão o RINAR está a fazer um trabalho para melhorar a condição de vida dos trabalhadores.
Entretanto cerca de 14 mil trabalhadores de empresas públicas e privadas marcharam, esta quinta-feira, do Hotel Alameda até ao Largo 1.° do Maio, em Luanda, exigindo melhores condições de trabalho e a redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT).
O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Pedro Miguel, elencou os desafios enfrentados pela classe como a falta de transporte, a inexistência de meios para reportagens e ausência da aplicação do qualificador ocupacional.

A marcha, que aconteceu esta manhã, enquadra-se nas comemorações do Dia internacional do Trabalhador, que se celebra hoje.
Angola é membro da Organização Internacional do Trabalho (OIT) desde 1976, sendo uma das organizações mais importantes das Nações Unidas.