O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs a realização de negociações directas com a Ucrânia no próximo dia 15 de Maio, em Istambul, na Turquia.
A iniciativa surge num momento em que se intensificam os esforços diplomáticos para encontrar uma solução para o conflito iniciado em Fevereiro de 2022.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou disponibilidade para se encontrar com Putin, mas sublinhou que considera essencial a implementação de um cessar-fogo como condição prévia às conversações.
A Ucrânia e vários líderes europeus têm apelado a uma trégua temporária de 30 dias, proposta rejeitada por Moscovo, que a classificou como uma imposição inaceitável. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também tem procurado mediar o diálogo.

Trump encorajou Zelensky a aceitar a proposta russa e afirmou estar disponível para participar na cimeira em Istambul, caso considere que a sua presença poderá contribuir para alcançar um cessar-fogo.
Apesar de afirmar que as negociações poderão ocorrer sem pré-condições, o Kremlin indicou que o diálogo deverá basear-se no projecto de acordo discutido em Istambul em 2022, que incluía exigências como a neutralidade da Ucrânia e o reconhecimento das alterações territoriais provocadas pela guerra — condições consideradas inaceitáveis por Kiev.
A comunidade internacional acompanha de perto estes desenvolvimentos, embora persista o cepticismo quanto à possibilidade de avanços concretos, dada a continuidade das hostilidades e a ausência de compromissos firmes por parte da Rússia.