Angola registou uma melhoria significativa no seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um aumento superior a 62 por cento nas últimas duas décadas, de acordo com o mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo os dados apresentados, o IDH de Angola passou de 0,392 em 2000 para 0,636 em 2023, posicionando o país na categoria de desenvolvimento humano médio. Este avanço reflecte progressos substanciais nas áreas da educação, saúde e rendimento nacional bruto per capita.
De acordo com o representante residente do PNUD em Angola, Edo Stork, “estes números demonstram os esforços significativos do Governo angolano e dos seus parceiros para melhorar as condições de vida da população”. Stork destacou, ainda, os investimentos em infra-estruturas básicas, a expansão do acesso ao ensino primário e secundário, bem como a melhoria dos serviços de saúde pública como factores determinantes nesta evolução.

O relatório sublinha que a esperança média de vida à nascença em Angola aumentou de 45 para 62 anos desde o ano 2000. Também se registou um crescimento notável na taxa de alfabetização, que actualmente ultrapassa os 77 por cento, graças às políticas de inclusão educacional e combate ao analfabetismo.
Apesar destes avanços, o documento ressalva que ainda persistem desafios, sobretudo nas zonas rurais, onde o acesso a serviços básicos continua limitado. O PNUD recomenda uma maior aposta na descentralização dos serviços sociais e na diversificação económica para assegurar um desenvolvimento mais equitativo e sustentável.
O Governo angolano, por sua vez, reafirmou o seu compromisso com a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, que priorizam o crescimento inclusivo, a boa governação e a erradicação da pobreza.
Esta evolução positiva no IDH representa não apenas um progresso estatístico, mas um sinal de esperança para milhões de angolanos que, cada vez mais, vislumbram um futuro com mais dignidade e oportunidades.