O CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, anunciou oficialmente a sua saída dos conselhos consultivos do governo liderado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A decisão foi tomada em reacção directa à retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, um pacto global para combater as alterações climáticas.
O anúncio foi feito através da conta oficial de Musk na rede social X (anteriormente Twitter), onde escreveu: “Saí dos conselhos presidenciais. As alterações climáticas são reais. Sair do Acordo de Paris não é bom para os Estados Unidos nem para o mundo.”
Musk integrava dois painéis consultivos da administração Trump: o Conselho de Manufactura e o Fórum de Estratégia e Política, compostos por líderes empresariais norte-americanos responsáveis por aconselhar o presidente em matéria de crescimento económico e inovação.
Apesar de anteriormente ter defendido a sua presença nos conselhos como uma forma de tentar influenciar positivamente a política ambiental a partir de dentro, o empresário sul-africano considerou insustentável continuar após o abandono do compromisso climático.
A decisão dos EUA de sair do Acordo de Paris gerou fortes críticas a nível internacional. Líderes mundiais, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e a ex-chanceler alemã, Angela Merkel, manifestaram desapontamento com a decisão norte-americana, reforçando o compromisso da Europa com os objectivos do tratado.
O Acordo de Paris, firmado em 2015, visa manter o aumento da temperatura global abaixo dos dois graus celsius em relação aos níveis pré-industriais.
A saída dos Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa, representa um sério revés para os esforços internacionais no combate às alterações climáticas.

A decisão de Elon Musk foi recebida com elogios por diversos sectores da sociedade civil e ambientalistas, que consideram a sua posição uma demonstração de integridade e responsabilidade empresarial.
Analistas afirmam que a saída do magnata dos conselhos presidenciais simboliza a crescente tensão entre a administração Trump e o sector tecnológico, particularmente no que respeita a questões ambientais e científicas.