Redação Portal ZangoO escritor angolano Ondaka 6.7 regressa ao panorama literário com a sua mais recente obra, “Raízes de uma Identidade”, um mergulho profundo na essência da cultura angolana e na urgência de reconectar as novas gerações às suas origens.
Publicado no início de 2025, o livro tem despertado interesse entre académicos, estudantes e amantes da literatura africana.
A obra, que já se encontra disponível em livrarias de Luanda e plataformas digitais, é descrita por críticos como um “manifesto identitário”, onde o autor reflecte sobre a fragmentação cultural causada por séculos de colonização, a globalização e o esquecimento progressivo das tradições. Numa linguagem poética e, por vezes, contundente, Ondaka 6.7 apela à valorização das línguas nacionais, dos rituais ancestrais e dos saberes populares, frequentemente relegados ao silêncio.
“A identidade de um povo não pode ser construída ignorando as suas raízes. Sem cultura, não há memória, e sem memória não há futuro”, escreveu o autor numa publicação partilhada nas suas redes sociais, aquando do lançamento da obra.
Ondaka 6.7, conhecido pela sua escrita engajada e por um estilo que mescla oralidade e crítica social, volta a surpreender ao convocar figuras históricas, provérbios, mitos e símbolos nacionais para provocar uma reflexão profunda sobre o presente.
O autor, cuja identidade permanece parcialmente anónima, tem sido apontado como uma das vozes mais autênticas da nova geração de escritores africanos. Em entrevista ao Jornal de Angola, afirmou: “Não escrevo para agradar, mas para despertar. A cultura não é um ornamento é um território de resistência”.
Desde o seu lançamento, “Raízes de uma Identidade” tem sido debatido em escolas, universidades e fóruns culturais. Está prevista uma digressão literária pelas províncias de Benguela, Huíla e Moxico, com sessões de leitura, debates e oficinas de escrita criativa.
Mais do que uma obra literária, o livro impõe-se como um chamamento à consciência colectiva. Num tempo em que a modernidade tende a apagar traços identitários, Ondaka 6.7 convida-nos a regressar às origens, a reconhecer o valor da nossa herança e a reconstruir, com orgulho e lucidez, os alicerces da nossa identidade.
