A União Europeia está a financiar uma série de projectos ambientais no Corredor do Lobito, em Angola, no âmbito da sua estratégia Global Gateway, que visa impulsionar infra-estruturas sustentáveis e o desenvolvimento económico em países parceiros.
Através desta iniciativa, a UE já disponibilizou mais de 600 milhões de euros para apoiar sectores como ambiente, agricultura, comércio, formação e energia.
Em 2024, foram alocados 45 milhões de euros a iniciativas ligadas à economia circular, com foco na gestão de resíduos sólidos, sobretudo plásticos, e à economia azul, promovendo a pesca sustentável e a preservação da biodiversidade marinha.
Estas acções procuram melhorar a qualidade ambiental nas zonas costeiras e nas áreas protegidas ao longo do Corredor.
No início de 2025, a União Europeia reforçou este apoio com um novo pacote de 76,5 milhões de euros. Deste valor, 25 milhões destinam-se à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento do ecoturismo, abrangendo parques nacionais como a Quissama, Cangandala e Luando.
Outros 43 milhões visam a formação profissional para sectores estratégicos como transportes, logística, agricultura e energia renovável, enquanto 8,5 milhões estão orientados para o comércio sustentável.
Em Março do mesmo ano, a UE anunciou mais 50 milhões de euros para impulsionar cadeias de valor agrícolas ao longo do Corredor do Lobito, com o objectivo de fortalecer a produção nacional, criar empregos e melhorar a segurança alimentar.
Estes fundos envolvem também o apoio técnico às comunidades locais e a introdução de práticas agrícolas resilientes às mudanças climáticas. Todos estes investimentos são realizados em coordenação com o Governo de Angola e com parceiros multilaterais como o Banco Africano de Desenvolvimento.

A União Europeia tem destacado que o Corredor do Lobito representa uma oportunidade estratégica para conectar o interior do continente africano aos mercados globais, fomentando o crescimento sustentável, a inclusão económica e a preservação do meio ambiente.
A União Europeia tem apostado com firmeza no Corredor do Lobito, canalizando recursos para projectos ambientais que promovem a economia circular, a economia azul, a conservação da biodiversidade e o apoio à produção agrícola sustentável.
Estes investimentos estão concebidos para gerar benefícios duradouros ao nível económico, social e ambiental.