A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou a inscrição de 26 novos locais na sua prestigiada Lista do Património Mundial.
Entre as adições encontram-se as ruínas antigas na Turquia e importantes refúgios para a vida selvagem em diversos países africanos, bem como sítios de relevância cultural e natural em outras partes do globo.
Na Turquia, o sítio arqueológico de Sardes e os Túmulos Lídios de Bin Tepe foram reconhecidos. Estas são as ruínas de uma poderosa civilização da Idade do Ferro, abrangendo um assentamento, um cemitério e templos construídos por este antigo povo.

Em África, o continente foi particularmente agraciado com várias inscrições. Na África do Sul, o Parque Nacional de iSimangaliso, criado em 1999, teve os seus limites estendidos para Moçambique, incluindo agora o Parque Nacional de Maputo. Esta vasta área é um santuário de lagoas, mangais e recifes de corais, essenciais para a biodiversidade marinha e costeira.
Outro paraíso da vida selvagem africana a constar na lista é o Complexo Gola-Tiwai, na Serra Leoa. Este ecossistema singular alberga mais de mil espécies de plantas, 55 mamíferos e um notável conjunto de 448 espécies de aves.
A Guiné-Bissau vê os seus ecossistemas costeiros e marinhos do arquipélago dos Bijagós reconhecidos pela sua rica diversidade de vida selvagem, que inclui inúmeras colónias de aves. Além disso, no Malawi e nos Camarões, as duas paisagens culturais do Monte Mulanje e de Diy-Gid-Biy, nas Montanhas Mandara, foram igualmente selecionadas.
Para além dos locais em África, o Cânion do Rio Peruaçu, no Brasil, conquistou um lugar na lista da UNESCO. Esta paisagem notável integra um vasto sistema de grutas e é o lar de cerca de duas mil espécies de plantas e animais.

Na Austrália, as antigas rochas da Paisagem Cultural de Murujuga são agora oficialmente Património Mundial, dada a sua profunda relevância cultural e espiritual para o povo Ngarda-Ngarli, os guardiões indígenas tradicionais do local.
A UNESCO também procedeu à inscrição de diversos outros sítios em toda a Ásia, reforçando o compromisso global com a preservação do património natural e cultural da humanidade.