A França enfrenta uma vaga de calor histórica que tem provocado um impacto significativo nos serviços de saúde e um número de vítimas a aumentar. Conforme dados do Ministério da Transição Ecológica francês, já foram confirmadas duas mortes directamente atribuídas à canícula, bem como mais de 300 entradas em urgências associadas a sintomas de calor intenso .
A canícula, caracterizada por temperaturas excepcionalmente altas durante vários dias consecutivos, tem sido acompanhada por um aumento acentuado dos casos de hipertermia e desidratação.
O sistema nacional de vigilância, em particular o SurSaUD (Sistema de vigilância sindrómica das urgências e dos óbitos), regista diariamente estes aumentos no número de utentes nos serviços de emergência .
Para mitigar estes efeitos, as autoridades de saúde têm reforçado alertas, apelado à população para adoptar medidas preventivas como hidratação frequente, evitar exposição solar durante as horas críticas e preferir locais frescos e acionado planos de contingência nos hospitais e centros de saúde.

O mapa de alertas meteorológicos delineado pela Météo‑France colocou variados departamentos sob vigilância intensa, inclusivamente ao nível máximo em algumas zonas, antecipando o prolongamento deste episódio de calor sufocante .
Apesar da excessiva mortalidade observada em canículas anteriores (como em 2003 e 2015), os mecanismos de prevenção implementados desde essa altura permitiram melhorar a resposta sanitária. No entanto, esta vaga de calor realça as fragilidades sobretudo nos mecanismos de proteção dos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições médicas crónicas .
A mensagem do Governo e das entidades de saúde pública é clara: é urgente que cada cidadão aplique os cuidados recomendados, e que as instituições mantenham um esforço máximo de monitorização e intervenção.
O objectivo é impedir uma escalada deste balanço humano, que já se traduz em perdas e sofrimento evitáveis.
Em suma, o balanço oficial aponta para dois mortos e mais de 300 urgências relacionadas com a canícula até ao momento. Trata‑se de uma vaga de calor com impacto significativo na saúde pública, que obriga a uma resposta preventiva coordenada e eficaz.