O exército da República Democrática do Congo acusa o grupo rebelde M23 de violar repetidamente o acordo de cessar-fogo, com ataques sucessivos no leste do país.
De acordo com as autoridades congolesas, os últimos ataques ocorridos em Nyabarango resultou na morte de mais de oitenta civis.
O grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, retomou as armas em 2021 e já conquistou diversas zonas estratégicas, como Goma e Bukavu, apesar do acordo de cessar-fogo assinado no mês passado em Doha, no Qatar, com apoio dos Estados Unidos, que previa uma trégua permanente.
No entanto, o Exército congolês afirma que os ataques “quase diários” representam uma violação clara do acordo. O Exército do Congo prometeu responder às provocações com força.
Por sua vez, o grupo rebelde M23 apoiado pelo Ruanda acusa o governo congolês de manter operações ofensivas.
A região leste da República Democrática do Congo, rica em recursos naturais, é palco de confrontos há décadas entre forças governamentais e grupos armados.
A situação agrava ainda mais a crise humanitária na região e ameaça colapsar os esforços diplomáticos em curso.