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Escassez de Medicamentos Desencadeia Emergência de Saúde no Botsuana

O Governo de Botsuana declarou, esta semana, uma emergência nacional de saúde pública devido a uma grave escassez de medicamentos e de suprimentos hospitalares, situação que está a colocar em risco o tratamento de milhares de pacientes em todo o país.

Hospitais e clínicas enfrentam dificuldades crescentes para lidar com doenças crónicas como hipertensão, diabetes e cancro, bem como para realizar procedimentos médicos de rotina. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os serviços de cirurgia não urgentes foram suspensos desde o início do mês, numa tentativa de poupar os poucos recursos ainda disponíveis.

O Presidente Dumo Boko atribuiu a crise ao aumento dos custos de aquisição no mercado internacional e às falhas no sistema interno de distribuição, que resultaram em perdas significativas, desperdícios e danos de medicamentos essenciais. “É uma situação que procurámos evitar, mas que infelizmente se tornou inevitável perante a conjugação de factores externos e internos”, declarou o Chefe de Estado em comunicado.

Para mitigar a crise, o Ministério das Finanças aprovou um fundo de emergência de 250 milhões de pulas (aproximadamente 17,35 milhões de dólares norte-americanos), destinados exclusivamente à reposição urgente dos estoques médicos.

Ainda assim, analistas sublinham que a pressão sobre o orçamento nacional tem vindo a agravar-se, em grande parte devido à prolongada queda do mercado global de diamantes, principal fonte de receitas do país. Botsuana é actualmente o maior produtor mundial de diamantes em valor, e a redução da procura internacional tem afectado duramente as contas públicas.

A crise sanitária surge num contexto de incertezas adicionais, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado cortes no financiamento da saúde destinado a Botsuana, embora até ao momento não esteja claro se a decisão norte-americana terá impacto directo no cenário actual.

O Governo de Gaborone assegura estar a trabalhar com parceiros internacionais e regionais para garantir que os medicamentos e equipamentos médicos cheguem ao país o mais rapidamente possível.

Enquanto isso, médicos e enfermeiros continuam a enfrentar uma realidade marcada pela escassez, numa luta diária para salvar vidas com os poucos recursos ainda disponíveis.

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