RedacçãoOs Estados Unidos da América manifestaram esta terça-feira, em Luanda, a sua disponibilidade em continuar a apoiar Angola no reforço do quadro de coordenação interagências destinado a combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.
A garantia foi dada pelo encarregado de Negócios da Embaixada norte-americana em Angola, Noah Zaring, na abertura do workshop organizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que decorreu durante dois dias na capital angolana.
O diplomata sublinhou que Angola tem registado progressos significativos nesta área, nomeadamente com a criação da Unidade de Informação Financeira (UIF), a adopção de normas internacionais e a implementação de reformas legislativas. Ainda assim, destacou que o país enfrenta o desafio de consolidar a coordenação entre as várias instituições nacionais para reforçar a eficácia das medidas já em vigor.
Por sua vez, a coordenadora da UNODC em Angola, Manuela Carneiro, considerou que o combate a estes crimes exige respostas coordenadas, inovadoras e sustentadas na cooperação regional. A responsável apontou como exemplo a participação de especialistas do Quénia e de Marrocos no processo de capacitação em curso, salientando a importância da partilha de experiências para fortalecer as capacidades nacionais.
O encontro, acolhido pela UIF, conta com representantes de diferentes órgãos nacionais, formadores da UNODC e parceiros internacionais, incidindo na análise de casos práticos e na troca de boas práticas. O objectivo é consolidar os mecanismos de investigação e processamento de crimes financeiros em Angola, bem como fomentar redes de confiança entre instituições nacionais e estrangeiras.
A iniciativa insere-se nos esforços do Governo angolano e dos seus parceiros internacionais para prevenir e reprimir o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, considerados ameaças sérias ao desenvolvimento económico, à estabilidade social e à segurança nacional.
