O Governo de Angola deu mais um passo no reforço da capacitação dos seus quadros de saúde, ao anunciar o envio de técnicos de enfermagem e de diagnóstico para formação especializada no Brasil.
A iniciativa enquadra-se nos esforços de melhoria contínua da qualidade dos serviços de saúde prestados à população, através da valorização e qualificação dos profissionais do sector. Angola pretende formar, até 2027, três mil médicos especialistas, nove mil enfermeiros especialistas, igual número de técnicos de diagnóstico e terapeutas especialistas, três mil técnicos de apoio hospitalar, além do pessoal do regime geral, informou, esta quinta-feira, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.

Segundo a governante, em declarações à imprensa, depois de um encontro com a sua homóloga brasileira, Nísia Trindade Lima, o programa faz parte do plano nacional de formação de especialistas do sector da saúde, que poderá contar com a cooperação do Brasil. A medicina tradicional, disse, é outra área em que se pretende estender a colaboração com o Brasil, para a identificação e tratamento de várias doenças, formação laboratorial, disponibilidade de medicamentos para o tratamento da tuberculose, malária e outras doenças.
Sílvia Lutucuta deu ainda conta que se continuará a trabalhar nos projectos de HIV/Sida, reforço da vigilância epidemiológica e laboratorial, apoio no combate às doenças negligenciadas e nos programas de assistência integrada nas doenças de infância, saúde comunitária, entre outras áreas da saúde.
A ministra fez também menção ao interesse de fortalecer a colaboração no sector da Saúde com o ministério e instituições brasileiras, sobretudo na formação especializada de longa e curta duração, para os médicos, enfermeiros e terapeutas de diagnóstico e pessoal do regime geral do Sistema Nacional de Saúde Pública.

A medida integra-se no quadro das parcerias internacionais que Angola tem vindo a consolidar, procurando elevar os padrões de atendimento e reduzir a dependência de serviços médicos no exterior.
Ao regressarem, os técnicos formados deverão desempenhar um papel central na disseminação do conhecimento adquirido, contribuindo para a modernização das práticas clínicas e para o fortalecimento da rede de cuidados de saúde em todo o território nacional.
Assim, Angola reafirma o seu compromisso com a formação contínua dos profissionais e com a construção de um sistema de saúde mais robusto, inclusivo e preparado para os desafios do futuro.

