O Ministério do Interior vai lançar, nos próximos dias, um programa de prevenção rodoviária, denominado “Estradas sem mortes”, com o objectivo de reduzir o número alarmante de acidentes rodoviários no país, com foco no reforço das medidas policiais, visando melhorar a prevenção rodoviária.
A informação consta do comunicado de imprensa da II Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito, realizada ontem, em Luanda, sob orientação da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Segundo o documento, o programa propõe aumentar até 70 por cento a fiscalização e penalização das infracções por inobservância ao Código de Estrada, reduzir em até 20 por cento o número de acidentes com vítimas mortais e feridos, intensificar a fiscalização de acidentes em áreas urbanas e desenvolver mais acções de consciencialização e educação dos condutores e peões.
Em declarações à imprensa, o ministro do Interior, Manuel Homem, disse que as estatísticas continuam a apontar para os acidentes como a segunda causa de morte no país, depois da malária, facto preocupante que levou aquele departamento ministerial a lançar o programa que visa criar condições para o reforço da sensibilização dos automobilistas e peões.

“É um programa transversal, no qual iremos envolver outros departamentos ministeriais e governos provinciais, com o objectivo de reforçar a fiscalização, a inspecção, a reavaliação dos exames de condução e, também, o reforço das medidas de fiscalização rodoviária um pouco por todo o país”, referiu.
Durante o primeiro semestre deste ano, foram registadas nas estradas nacionais mil e 482 mortes, representando uma redução de quatro por cento, e oito mil e 582 feridos, que perfaz uma redução de 0,1 por cento.
Segundo dados divulgados ontem durante a reunião, foram ainda registados mais de seis mil acidentes, o que representa uma redução de um por cento.
A faixa etária mais afectada por acidentes rodoviários, no período em análise, é dos 36 aos 45 anos, com destaque para o sexo masculino, com 57 por cento de vítimas mortais e 52 por cento de feridos.
A província de Luanda, por possuir o maior parque automóvel e congregar o maior número de habitantes, registou mais de mil acidentes, seguida da província da Huíla com 565, Huambo com 484, Uíge com 395, Benguela com 351, e a província do Zaire com 350 acidentes.
Entre as províncias com menos casos de sinistralidade rodoviária, estão o Cuando, Moxico-Leste e o Cubango.
O Conselho de Viação e Ordenamento do Trânsito apreciou, igualmente, a Proposta de Regulamento referente ao Tempo de Condução, Repouso e Velocidade, que vai, em breve, ao Conselho de Ministros.

