A cidade de Joanesburgo na África do Sul será o palco da 20ª Reunião de Cúpula do G20, o evento que reúne as vinte principais economias do mundo contemporâneo. Prevista para ocorrer entre os dias 23 e 25 de Novembro de 2025, o encontro reunirá chefes de Estado de 19 países, além da União Europeia e da União Africana, sob o lema “Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade”.
Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, não participará. Segundo comunicado oficial, será o vice-presidente J.D. Vance quem representará o país.
As relações entre Trump e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa anfitrião da cúpula têm sido tensas. Durante uma reunião anterior na Casa Branca, os dois se desentenderam após Trump insistir na narrativa de que agricultores brancos na África do Sul estariam a ser vítimas de genocídio uma alegação rejeitada pelo governo sul-africano, que descarta motivações raciais nos episódios de violência no campo.
As tensões aumentaram após Trump suspender ajuda financeira à África do Sul, impôs tarifas de 30 por cento sobre exportações sul-africanas para o mercado americano e criticou a posição de Pretória no conflito entre Israel e o Hamas.

Em Março, o embaixador sul-africano Ebrahim Rasool foi chamado de volta a Pretória, após críticas à administração Trump. O sindicato africâner Solidariteit, censurado por Ramaphosa durante visita aos EUA, planeia regressar a Washington neste mês de Setembro para dialogar com o Departamento de Estado sobre reparações raciais e renovação das relações bilaterais.
Apesar da ausência de Trump, autoridades sul-africanas asseguraram que receberão com entusiasmo a presença do vice-presidente Vance, frisando que o sucesso da cúpula depende mais do conteúdo dos debates do que da presença de um único chefe de Estado.
A realização da Cúpula do G20 pela primeira vez em solo africano representa uma conquista estratégica para o continente. A presidência sul-africana pretende liderar discussões centradas em crescimento inclusivo, segurança alimentar, justiça climática e transformação digital, alinhando os temas aos valores africanos como o Ubuntu e aos objetivos da Agenda 2063 da União Africana.