A Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a vacinar profissionais de saúde da linha de frente e contactos de indivíduos infectados, em resposta a um novo surto de Ébola na província de Kasai, na República Democrática do Congo (RDC).
Um total inicial de 400 doses da vacina Ervebo, contra o Ébola, foi entregue à cidade de Bulape, epicentro do surto, a partir de um estoque nacional de duas mil doses.
O Grupo de Coordenação Internacional para o Fornecimento de Vacinas aprovou o envio de mais 45 mil doses para ajudar a conter a propagação.
O surto, declarado no início de Setembro, já provocou pelo menos 16 mortes, com cerca de 68 casos suspeitos e 20 confirmados.
Dado o elevado risco de propagação interna, há preocupação com possíveis casos em países vizinhos, como Angola.

A Ébola é uma doença viral grave e frequentemente fatal que afecta seres humanos e primatas. É causada pelo vírus Ebola, pertencente à família Filoviridae.
O custo projectado pela OMS para o actual surto nos próximos três meses é de 20 milhões de dólares, enquanto o plano de resposta nacional da RDC está estimado em USD 78 milhões, disse Otim.
Uma preocupação importante tem sido o impacto dos recentes cortes de financiamento nos EUA.
Os Estados Unidos apoiaram a resposta aos anteriores surtos de Ébola na RDC, incluindo em 2021, quando a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional forneceu até 11,5 milhões de dólares para apoiar os esforços em toda a África.
O Ébola é uma febre hemorrágica grave que se transmite por contacto directo com sangue ou fluidos corporais de pessoas e animais infectados, com uma taxa de mortalidade que, segundo a Organização Mundial da Saúde, oscila entre os 60 e 80 por cento.

