RedacçãoCerca de 7,2 milhões de eleitores malawianos preparam-se para votar, esta semana, numa eleição decisiva, em meio a uma das piores crises económicas da história do país.
Com a inflação em alta, escassez de alimentos e combustíveis, além da crescente desconfiança nas instituições públicas, a população demonstra cansaço e frustração diante da falta de progresso nos últimos anos.
As eleições gerais contam com 17 candidatos, incluindo o actual Chefe de Estado, Lazarus Chakwera, e o seu antecessor, Peter Mutharika.
As últimas eleições foram marcadas por protestos populares e por uma rara anulação judicial dos resultados eleitorais, o que agravou os desafios políticos e aumentou o descontentamento.
As eleições de 2025 também marcam a estreia do sistema eleitoral “50+1”, adoptado após as irregularidades de 2019. Agora, o vencedor precisa obter a maioria absoluta dos votos válidos para ser declarado eleito, o que aumenta a possibilidade de uma segunda volta.
Para além da presidência, os malawianos escolherão novos representantes para o Parlamento e mais de 500 vereadores locais.
Num cenário de dificuldades económicas, as promessas eleitorais concentram-se em questões práticas: conter a inflação, garantir o abastecimento de combustível e açúcar, e melhorar o acesso a insumos agrícolas.
O presidente Lazarus Chakwera, de 70 anos, busca um segundo mandato, após vencer a polêmica reeleição de 2019 e triunfar no pleito subsequente de 2020.
