RedacçãoO Presidente João Lourenço esteve, na noite deste sábado, numa das salas de cinema de Luanda onde foi exibido em estreia o filme “TARRAFAL TERRA LONGE”, um documentário sobre a tenebrosa prisão da polícia política portuguesa (PIDE-DGS) construída em Cabo Verde.
A obra cinematográfica, de carácter histórico e testemunhal, retrata com profundidade o que foi a prisão política do Tarrafal, situada em Cabo Verde, conhecida pelas duras condições a que estavam sujeitos os que para lá eram enviados.
O filme recupera a memória de um dos períodos mais sombrios da luta de libertação em Angola e nos demais países africanos de língua portuguesa, trazendo ao público depoimentos de antigos presos políticos angolanos que viveram a experiência do cárcere.
As suas narrativas revelam episódios de sofrimento, resistência e esperança, contribuindo para a preservação da memória colectiva e para uma reflexão sobre o valor da liberdade.
O evento em Luanda foi marcado por uma forte carga simbólica, não apenas pela exibição do documentário, mas também pelo reconhecimento do papel que o Tarrafal teve na história das independências africanas.
Ao prestigiar a estreia, o Chefe de Estado sublinhou a importância de manter viva a lembrança desses acontecimentos, reforçando a necessidade de as novas gerações conhecerem a história do país e os sacrifícios feitos para a conquista da independência.
A apresentação do documentário “Tarrafal, Terra Longe” constituiu, assim, um momento de homenagem a todos os que resistiram à repressão colonial e de valorização da identidade histórica e cultural de Angola, ao mesmo tempo que reafirmou o compromisso com a verdade histórica e com a preservação da memória nacional.
O documentário é realizado pelo cineasta angolano Zezé Gamboa, foi filmado e produzido entre Angola, Cabo Verde e Portugal.
