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Vinte Anos de Prisão para Cidadão que Atropelou Mortalmente a Esposa no Huambo

O Tribunal de Comarca do Huambo condenou, nesta segunda-feira, 27 de Outubro, o empresário João Manuel Mulunda “Talaya” a 20 anos de prisão efectiva pela morte da sua esposa, Sónia António (Mulunda), num caso que gerou forte comoção social em todo o país.

‎Durante a leitura da sentença, o colectivo de juízes considerou provadas todas as acusações apresentadas pelo Ministério Público, que classifica o acto como homicídio qualificado, em razão da qualidade da vítima. Além da pena de prisão, o réu foi condenado ao pagamento de cem mil kwanzas de taxa de justiça e dois milhões de kwanzas de indemnização à família da vítima.

‎O julgamento incluiu ainda outros três arguidos: Aylton Severino Sacindela Cardoso, José Xavier Capinhala e Vitorino Armando Chilunda, acusados de favorecimento pessoal e atentado contra a integridade de restos mortais. Contudo, por falta de provas, estes dois últimos foram absolvidos.


‎O crime ocorreu em circunstâncias consideradas de extrema violência, quando a vítima, após receber uma mensagem do marido, deslocou-se ao local indicado e encontrou-o dentro de um veículo acompanhado de outra mulher. Segundo relatos, Sónia tentou impedir a saída do marido, posicionando-se à frente do carro, momento em que João Talaya acelerou bruscamente, e atropelou a esposa, que morreu no local.

‎O caso, amplamente divulgado nas redes sociais e meios de comunicação, reacendeu o debate sobre a violência doméstica e o feminicídio em Angola, sendo acompanhado por familiares da vítima e membros da sociedade civil durante a audiência de leitura da sentença.

‎A defesa do réu já anunciou que vai interpor recurso, mantendo o processo sob análise das instâncias superiores.

‎Com esta decisão, a justiça angolana reforça a mensagem de intolerância contra crimes de violência doméstica e reafirma o compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos humanos, especialmente das mulheres.

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