Os Primeiros Foram Venerados Localmente, o Último Foi Promovido Para o Mundo.
Há mais de 2500 anos, muitos seguidores do cristianismo acreditaram que Jesus é um ser divino, que tem história e qualidades nunca antes vistas. Mas ainda, quando se pergunta sobre o sucesso do personagem mais famoso da bíblia, a quem responda que se deve ao poder de seu pai, o Deus da bíblia.
Segundo a bíblia ele nasceu de um ser celestial e de uma mãe de carne e osso, escolhida para esse “MILAGRE”, de gerar um filho que veio para dar a sua vida e salvar a humanidade de um pecado cometido no Jardim do Éden por meio do seu sacrifício.
Será essa uma narrativa original?
Sabia que 7 mil anos antes, outros personagens tinham perfil e padrões semelhantes?
Mitra
Mitra, Deus persa (actual irão) que nasceu de uma pedra, era venerado também pelos soldados romanos, num período em que esses europeus adoptaram essa religião. Mitra era apontado como o salvador, e o rei do sol que vence as trevas. O mediador entre o céu e os homens.Por Mitra faziam-se rituais de banquetes sagrados.Em comparação com o cristianismo, pode-se ver semelhanças em vários pontos:
1- Contexto Histórico: O Cristianismo nasceu e se desenvolveu no mesmo ambiente cultural, onde o mitraismo era a religião principal e forte, no qual havia muitos mitos de deuses/salvadores, filhos divinos e sacrifícios redentores (médio oriente e, mais tarde. A Europa).
2- Crescimento Faseado: O Mitraismo apresentava graus de iniciação, formas de crescimento espiritual por fases. O cristianismo, que surge séculos depois, tem o mesmo perfil: conversão, baptismo, discipulado e salvação.
3- OS Símbolos de Culto: O Domingo, na tradição do mitraismo era o dia do culto ao sol. A luz que vence as trevas, o bem sobre o mal. O salvador que serve de mediador entre o Deus e os homens. Dionísio.
Na Grécia antiga, esse era um deus que se misturava aos homens, sentia dor. Foi perseguido e morto, mas que retorna. Dionísio era conhecido como o deus do vinho, da alegria, da libertação espiritual e da comunhão. Para se fazer rituais a ele, usava-se vinho como elemento sagrado.
O vinho não era visto como mera bebida, mas simbolizava parte do próprio deus, de sua essência. Você nunca ouviu que o vinho representa o sangue de cristo? Será coincidência?
Dionísio foi morto, brutalmente, mas ressuscitou no terceiro dia. Para os gregos, essa volta simbolizava que a morte não era o fim e que o sacrifício era a chave para a salvação. Esse deus também era chamado de o libertador da culpa.
Os que criam nele diziam que viviam experiências espirituais fortes. Dionísio era chamado de o filho de deus e nascido de uma fusão entre divina e humana; que caminhava entre dois mundos.. (divino e humano) Osíris No antigo egipto (nome original kmet), Osíris era irmão de Ísis e de Set.
Torna-se marido da irmã e tem um filho com ela. O outro irmão sente ciúmes e mata Osíris, despedaçando seu corpo. Porém, ele ressuscita e passa a governar outra dimensão. Lá ele julga os mortos. Era o senhor que garantia a vida eterna.Traído, assassinado e mutilado.
Essa sequência de factos não nos lembra de nada?
Quem seguia Mitra, acreditava que tal como Osiris venceu a morte, outros poderiam vencer, se estivessem alinhados com a verdade, porque ele tinha aberto o caminho por meio da sua morte.
Você já recebeu promessa igual?
Vale lembrar que no antigo Egipto, milhares de anos antes de o cristianismo existir, já se acreditava na ressurreição, depois de um julgamento, no qual se pesava o coração do falecido, diante da verdade. Osíris também era visto como um rei justo, exemplo a ser seguido, salvador espiritual. Lembra-se da passagem bíblica que apresenta Jesus como caminho, a verdade e a vida ? Acha um rótulo novo e original, inspirado por Deus, depois de ver as semelhanças com outros personagens não bíblicos?
KHRISNA
Há mais de 5000 anos, os livros sagrados do hinduísmo apresentam a história de uma profecia em que se anuncia o nascimento de um rei, que viria para acabar com as injustiças. Quando nasce, esse Rei/Deus, enquanto bebê, é criado por um padrasto, num período em que o Rei Kamsa ordena a morte de recém-nascidos por se zangar com acusações. Khrisna é levado para outra cidade e é mantido numa cesta.Apesar das tentativas de assassinato, ele sobrevive. Já crescido teve de eliminar uma serpente que o quis matar. Woe vence.
O filho Deus indiano foi morto por Jara-caçador, que lançou uma flecha no calcanhar de Khrisna. Apesar do ocorrido, o jovem Deus perdoou o homem, dizendo que esse não era culpado porque ajudou a cumprir uma profecia de que ele precisava morrer para cumprir um propósito de vingança pelo seu passado.
Com a sua morte carnal, finalizou a era Dvapara Yuga. Ele voltou ao plano celestial. Isso levanta a obrigatória pergunta: Dá para ignorar tamanha semelhança com a narrativa bíblica?
O Que Surgiu Séculos Depois?
O Cristianismo, vendo o sucesso dessas narrativas e a obediência dos povos que as seguiam, teve apenas o trabalho de as continuar; mudou nomes de personagens, de lugares e adaptou uma linguagem apropriada às novas pessoas e culturas onde essa mensagem passou a ser veiculada. Se a narrativa bíblica acusa povos de terem maltratado e explorar os Judeus. Fala que esses “Inimigos”
adoravam deuses falsos, por se oporem aos chamados “primeiros cristãos” ( eram apenas judeus), porque motivo a bíblia não fala que as crenças, mitos e lendas desses “inimigos”contavam sobre filhos que eram considerados divinos, salvadores, redentores e nascidos de virgens, que ressuscitaram três dias após morte? Afinal, essas nações tinham colonizados os judeus por décadas, impondo suas culturas aos colonizados. “É possível ser colonizado por décadas e por vários povos, sem absorver seus costumes, crenças e mitos?”
Quando o cristianismo foi institucionalizado pelos romanos, essas histórias já habitavam o consciente coletivo de milhares de pessoas, nos lugares onde o império dominava( europa e partes do médio oriente). O foco foi aproveitar essas histórias que impunham medo e dar a ela uma nova roupagem, para manter o controlo das massas, por meio da ideia de culpa e prometer salvação por meio da obediência. nesse caso, uma pergunta se impõe: Se as narrativas sobre Osíris, Mitra, Dionísio e Khrisna são mitos, porquê que a do Jesus bíblico é real, apesar de ter os mesmos padrões que seus antecessores?
Todos os deuses aqui apresentados foram venerados antes de se falar em Jesus: Mitra Surge em 1500 a.c, tendo sido seguido na índia, no ano 500 a.c, na Pérsia e, mais tarde, em Roma, 1 ano a.c chegando a ser a inspiração para a celebração do ritual a “Natalis Solis Invictus”, ( nascimento do deus sol) que veio a dar origem ao natal cristão.
DionísioSurge no contexto da cidade estado de Micena, actual Grécia, no século 14, a.c ou 3500 anos antes do Jesus. Segundo o Mito, nasceu do celestial Zeus, de quem se origina a palavra Deus e de uma humana, chamada Sémele. Um dos seus simbolos eram videiras. Daí, estar a associado aos milagres do vinho.
OsírisFilho de Geb e Nut era cultuado desde 6000 a.c, no Egipto antigo. 3150 anos antes da história do Judeu Jesus. Um dos simbolos era o sol.
Coincidência ou Imitação de Padrão?
Apesar de surgirem em geografias, séculos e culturas diferentes, todos nasceram por volta do Solstício de inverno, data de 25 de dezembro, tiveram um pai invisível e mãe humana. Todos partilhavam de qualidades de boa liderança, redentores, salvadores e intermediários entre Deus e humanos. Sobre Jesus se falou: “*Ninguém vem ao pai senão por mim” Será coincidência?Com a instituição do cristianismo, no século 4 d.c, os líderes proibiram o culto a todos eles, dando primazia ao novo herói. Aliás, os factos mostram que, todos os deuses já inventados tiveram sucesso durante o período em que a crença neles fazia sentido.
Quando os poderosos encontravam novas narrativas, que atendessem às novas necessidades e projectos do momento, criavam outra forma de divindade, proibindo o culto ao anterior. Assim, o supremo do passado passava logo a deus falso.Todos os povos, dentro das lendas e mitos a volta desses personagens, aguardam por uma salvação, crendo que suas acções determinarão seu futuro, entre o paraíso e o castigo eterno. Khrisna é esperado há 5000 anos, Dioníso por 3000 e Jesus há mais de 2000 anos.
Quem chegará primeiro?
Por: Miguel Manuel

