• Lost Password?
  • Lost Password?

Líderes da UE Prometem Reforçar Apoio à Ucrânia

Líderes de países da Europa enfatizaram nesta quinta-feira (6) que apoiam a Ucrânia e que gastarão mais em defesa, dados os abalos causados pela reversão das políticas dos Estados Unidos realizadas pelo presidente americano, Donald Trump.

“A Europa deve enfrentar esse desafio, essa corrida armamentista. E deve vencê-la”, declarou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, ao chegar à cúpula em Bruxelas.

“A Europa como um todo é realmente capaz de vencer qualquer confronto militar, financeiro e econômico com a Rússia – somos simplesmente mais fortes”, disse Tusk.

Muitos líderes da União Europeia (UE) elogiaram as propostas da Comissão Europeia nesta semana para dar a eles flexibilidade fiscal nos gastos com defesa e para emprestar conjuntamente até 150 bilhões de euros para os governos da UE gastarem em suas Forças Armadas.

“Estamos aqui para defender a Ucrânia”, disse o presidente da reunião, António Costa, enquanto ele e a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebiam calorosamente o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Mas décadas de dependência da proteção dos EUA, divergências sobre financiamento e sobre como a dissuasão nuclear da França poderia ser usada para a Europa mostraram como seria difícil para a UE preencher o vazio deixado por Washington após o congelamento da ajuda militar à Ucrânia.

Washington forneceu mais de 40 por cento da ajuda militar à Ucrânia no ano passado, de acordo com a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), parte da qual a Europa não poderia substituir facilmente.

Alguns líderes ainda tinham esperança, pelo menos em público, de que Washington poderia ser persuadido a voltar ao grupo.

“Devemos assegurar, com cabeça fria e sensata, que o apoio dos EUA também seja garantido nos próximos meses e anos, porque a Ucrânia também depende do apoio deles para sua defesa”, disse o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que está a deixar o cargo.

Além das dificuldades da UE, o líder nacionalista da Hungria, Viktor Orban, aliado de Trump, pode vetar uma declaração unânime de apoio a Kiev, embora tenha deixado claro que apoiaria medidas para aumentar os gastos com a defesa da própria Europa.

A cúpula de Bruxelas ocorre em um cenário de decisões dramáticas sobre a política de defesa, motivadas pelo temor de que a Rússia, encorajada por sua guerra na Ucrânia, possa atacar um país da UE em seguida e que a Europa não possa contar com a ajuda dos EUA.

Alguns líderes europeus temem que a Rússia possa se tornar numa ameaça para toda a Europa, observações que atraíram fortes críticas de Moscovo.

Por sua vez o presidente russo Vladimir Putin, em declaração um dia após o presidente francês, Emmanuel Macron, ter chamado a Rússia de ameaça à Europa e levantado a ideia de colocar outros países europeus sob o “guarda-chuva” nuclear da França, disse nesta quinta-feira (6) que “algumas pessoas se esqueceram do que aconteceu com Napoleão”.

Putin se referia ao imperador francês que marchou com seu exército pela Rússia e entrou em Moscovo em 1812, mas foi forçado a uma retirada desesperada de inverno com perda massiva de vidas.

Mais cedo, ainda na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, informou que a retórica nuclear do presidente francês representava uma ameaça à Rússia.

O Kremlin também descartou as propostas europeias de enviar forças de paz para a Ucrânia.

Escrito Por
Redação Portal Zango
View all articles
Deixe aqui seu comentário