Numa decisão histórica que visa fortalecer a integração regional e facilitar a livre circulação de pessoas, o Burkina Faso anunciou a isenção de vistos para todos os cidadãos africanos.
A medida, que entra em vigor imediatamente, foi recebida com entusiasmo em todo o continente, e marca um passo significativo na concretização do sonho pan-africanista de fronteiras mais abertas.
A notícia, divulgada esta semana pelas autoridades burquinabes, posiciona o Burkina Faso como um dos líderes na implementação da Agenda 2063 da União Africana, que preconiza a criação de uma África “integrada, próspera e pacífica”.

Até então, a exigência de vistos para cidadãos de outros países africanos era uma barreira comum, que dificultava viagens, comércio e intercâmbios culturais.
A iniciativa de Ouagadougou não só remove um obstáculo burocrático, mas também envia uma forte mensagem de solidariedade e abertura.
“A partir de agora, qualquer africano pode viajar para o Burkina Faso sem necessidade de visto. Basta comprar a passagem aérea e será recebido de braços abertos no país. Não deve haver fronteiras entre Burkina Faso, Mali, Togo, Gana ou qualquer nação africana, porque África é uma só, e os africanos são um só povo. Um continente, um só povo”, afirmou o Capitão Ibrahim Traoré, Presidente de Transição do Burkina Faso.
A isenção de vistos deverá ter um impacto positivo em diversos sectores, desde o comércio informal transfronteiriço até ao aumento do fluxo de estudantes e profissionais.
Com menos burocracia e custos associados à obtenção de vistos, espera-se que mais africanos visitem Burkina Faso, explorando as suas riquezas culturais, históricas e naturais.
Analistas prevêem que a medida de Burkina Faso incentivará outros países africanos a seguir o mesmo caminho, acelerando a concretização de um passaporte africano unificado e a eliminação total das barreiras de visto no continente.
A decisão é um testemunho do compromisso do Burkina Faso com a unidade africana e a promoção de um futuro mais interligado e próspero para todos os seus povos.