A Seleção Nacional de Esgrima de Angola alcançou, ontem, um feito notável ao sagrar-se vice-campeã de África na especialidade de florete masculino por equipas, no 23.º Campeonato Africano da modalidade, que decorreu na cidade nigeriana de Lagos.
Esta é uma conquista histórica para o desporto angolano, que marca a primeira vez que o país atinge um patamar tão elevado nesta disciplina a nível continental.
A equipa angolana de florete masculino demonstrou uma performance excepcional ao longo de toda a competição, onde superou adversários de renome e exibiu um misto de técnica apurada, estratégia e notável espírito de equipa.
A jornada até à final foi marcada por duelos intensos, nos quais os atletas angolanos se destacaram pela resiliência e determinação.

O Presidente da Federação Angolana de Esgrima (FAE), Nuno Pereira, realçou a dimensão histórica desta medalha, sublinhando que o resultado ganha ainda mais relevância face à juventude da federação. “A Federação Angolana de Esgrima tem apenas nove anos de existência e, a nível de competições externas, em apenas quatro anos conseguimos este feito histórico”, afirmou Pereira, visivelmente orgulhoso.
Nuno Pereira destacou ainda que a equipa angolana de florete superou seleções com uma tradição e um historial muito mais consolidados no continente africano, como a Argélia, que conta inclusive com atletas olímpicos. “Isto demonstra não só o talento e a disciplina dos nossos atletas, mas também é o resultado de um trabalho técnico consistente, conduzido por treinadores dedicados e uma nova geração de atletas determinados”, acrescentou.
Embora o ouro tenha escapado na final, a medalha de prata é um reconhecimento do árduo trabalho e dedicação dos esgrimistas e da equipa técnica. Este resultado não só eleva o perfil da esgrima angolana no cenário africano, mas também serve de inspiração para futuras gerações de atletas no país.