Redação Portal ZangoPor: Redação Portal Zango
Durante a sua recente visita ao Brasil, o Rei do Bailundo, Ekuiki VI (Tchongola Tchongonga), afirmou que a sua visita ao Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) representa o cumprimento da vontade dos seus ancestrais. A declaração foi feita no último domingo, durante a exposição “Raízes: Começo, Meio e Começo”, onde o soberano da Ombala Yo Mbalandu expressou a importância da preservação e valorização da identidade cultural africana.
Acompanhado pelo adido cultural da Embaixada de Angola no Brasil, Luandino Carvalho, o sacerdote Doté Amilton e a artista plástica Annia Rízia, Ekuiki VI falou sobre o trabalho que o seu reino tem feito para resgatar a cultura e tradições ancestrais. Ele explicou que a sua missão gira em torno de quatro pilares essenciais: resgatar, preservar, valorizar e divulgar a identidade cultural africana.
O monarca também fez questão de lembrar os danos causados pelos colonizadores, mas destacou que a resistência dos africanos garantiu que a história e as tradições fossem preservadas, permitindo o retorno às suas raízes. “Havia um elo, um controlador das ‘fitas do mar’ que preservou o suficiente para que hoje possamos retomar nossa história”, disse ele.
Por sua vez, Cintia Maria, diretora-geral do MUNCAB, destacou que a presença do Rei Ekuiki VI adiciona uma camada de legitimidade e continuidade histórica às iniciativas do museu, que desempenha um papel crucial na preservação do patrimônio afro-brasileiro e na promoção das trocas culturais entre África e Brasil.
O MUNCAB, situado em Salvador, a capital afro do mundo, é um importante centro de preservação e difusão da cultura afro-brasileira e africana nas Américas.
