Redação Portal ZangoAngola sagrou-se vitoriosa na 16.ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTIN), em Lisboa, ao conquistar três importantes prémios que consolidam a crescente relevância do cinema nacional no panorama lusófono.
As obras “Contra Todos”, de Satanha Cinéfilo, e “As Aventuras do AngoSat”, de ResemVerkon, foram os grandes destaques, aclamadas pelo público e pela crítica, e reconhecidas pela excelência das suas produções.
O musical “As Aventuras do Angosat” foi um dos grandes vencedores, sendo distinguido com o Prémio do Público para Melhor Curta-Metragem, distinção partilhada com o filme moçambicano “Caly”. Esta vitória, alcançada entre cerca de 500 candidaturas de países de língua portuguesa, ressalta a qualidade da obra, descrita pelo júri como “brilhante” e de “extraordinária qualidade”.
Embora os detalhes dos restantes dois prémios não tenham sido pormenorizados, o triunfo de Angola no FESTIN, com a valorização de filmes como “Contra Todos” de Satanha Cinéfilo, é um forte indicativo do reconhecimento da diversidade e inovação que o cinema angolano tem vindo a demonstrar.
Para o actor e produtor executivo angolano, Sílvio Nascimento, este reconhecimento internacional é mais do que uma vitória pontual; é uma prova inquestionável de que o cinema angolano constitui uma das maiores riquezas do país.
“Através da sétima arte, a nossa cultura, histórias e identidade ganham voz e visibilidade no mundo, mostrando que temos muito a dizer e, sobretudo, a oferecer”, declarou Sílvio Nascimento, com um visível orgulho.
Nascimento reforçou a emoção de sentir, mesmo além-fronteiras, a força da luta pelo cinema angolano. Apesar de reconhecer a inércia que, por vezes, ainda se faz sentir internamente, o produtor destacou: “encontramos um verdadeiro ‘petróleo cultural’. O cinema angolano é o novo ‘ouro negro’. E, assim como no petróleo, é necessário perfurar fundo, investir, acreditar. Quem mergulhar nesse universo será, inevitavelmente, um milionário — não apenas em termos materiais, mas em valor artístico e cultural”.
O FESTIN, que este ano apresentou uma programação diversificada com filmes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, não apenas premiou estas obras, mas também acendeu uma luz sobre o imenso potencial de Angola.
Sílvio Nascimento manifestou o desejo de que este seja “mais um passo firme rumo a um futuro onde o cinema angolano seja sustentadamente valorizado, dentro e fora de casa”.
A vitória tripla de Angola no FESTIN é um marco importante, reforçando a vitalidade e a capacidade de contar histórias que ressoam globalmente, que solidifica a posição do cinema angolano no cenário internacional e inspira as futuras gerações de cineastas.
