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Apenas 14 em Cada 100 Pessoas em Idade Activa tem Emprego Formal em Angola

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, referentes ao quarto trimestre de 2024, revelam um cenário preocupante no mercado de trabalho do país: apenas 14 em cada cem pessoas em idade activa possui emprego formal.

Os números destacam a predominância da informalidade, que continua a ser a principal fonte de ocupação para a maioria dos angolanos.

Dos 18 milhões 83 mil 432 de pessoas em idade activa para trabalhar no final de 2024, apenas dois milhões 563 mil 730 tinham um emprego formal, que garante aos trabalhadores mais estabilidade por via da segurança.

Neste mesmo ano, 12 milhões 582 mil 279 angolanos tinham emprego, o que pelos critérios do INE significa que tinham efectuado um trabalho de pelo menos uma hora nos sete dias anteriores ao inquérito, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro, tinha uma ligação formal a um emprego, mas não estava ao serviço; tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica; ou estava em situação de reforma, mas a trabalhar.

Stélvio Cardiny a vender as suas pipocas na estrada 21 de janeiro no meio dos carros com o seu traje da licenciatura que chama atenção para as pessoas que passam

Critérios esses bastante criticados por especialistas, já que consideram que, apesar de serem os mesmos praticados noutras latitudes, em Angola acaba por desvirtuar os reais números do desemprego.

E enquanto as estatísticas fazem o seu caminho, a verdade está mesmo é nas ruas, onde o trabalho nunca pára.

Entre as vendas, as mototáxis e os pequenos negócios, o desemprego continua a ser uma sombra que não se mede, mas se sente.

Talvez o maior desafio seja olhar para além dos números e entender o que, de facto, está a acontecer com quem, na prática, faz o país andar.

Face ao ano de 2023, o número de angolanos com emprego cresceu 889 mil 641, em que 607 mil 367, equivalentes a 68 por cento do total, foram empregos gerados pela informalidade, enquanto 282 mil 274 foram empregos que garantem estabilidade e segurança.

Nos últimos seis anos, 2024 foi o ano em que o emprego formal mais cresceu (2024 foi o ano em que a economia angolana mais cresceu nos últimos dez anos), superando os 180 mil 150 empregos gerados em 2022.

Ainda assim, estes dois anos juntos não conseguem compensar os 466 mil 980 empregos formais que se perderam em 2020 devido à pandemia da Covid-19.

Escrito Por
Redação Portal Zango
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